Atitudes das jogadoras de Camarões na derrota para a Inglaterra vão ser investigadas

(Foto: Reuters)


Muita reclamação e possível abandono da partida marcaram a eliminação da seleção de Camarões ao ser derrotada por 3 a 0 para a Inglaterra nas oitavas de final da Copa do Mundo Feminina, neste domingo. As atitudes anti-esportivas da equipe africana podem ter um novo capítulo com uma investigação e possível ação disciplinar pelas autoridades do futebol. Os técnicos de ambas as equipes comentaram as ocorrências após a partida. Enquanto o camaronês Alain Djeumfa aprovou a atitude de suas atletas, o inglês Phil Neville se disse envergonhado pelo comportamento das adversárias.

As jogadoras camaronesas não aceitaram as decisões da árbitra chinesa e a intervenção do VAR e ameaçaram deixar o campo em duas oportunidades. No primeiro tempo, a reclamação foi porque o segundo gol inglês foi validado sem a árbitra ir à tela ao lado do campo para verificar possível posição de impedimento, que não houve. Na etapa final, as africanas reclamaram por terem marcado, mas o lance ter sido corretamente anulado por impedimento, de novo sem revisão. A partida só voltou depois de uma conversa da juíza com a capitã Onguene.

Além disso, houve um empurrão de Yango na árbitra em lance que gerou dúvidas quanto à real intenção da camisa 10 de Camarões (veja o vídeo abaixo). Outro momento que mostrou o destempero das camaronesas foi a cuspida de Ejangue no braço da atacante inglesa Toni Duggan (veja no vídeo seguinte). As sanções, nos casos acima, poderiam vir diretamente para as atletas.

Isha Johansen, que é presidente do comitê de futebol feminino da Confederação Africana de Futebol (CAF), avisou que vai abrir uma investigação sobre os acontecimentos do jogo entre Camarões e Inglaterra. A Fifa, por sua vez, ainda não se manifestou sobre o caso.

- Apesar de continuar orgulhosa de nossas equipes africanas que participaram da Copa do Mundo Feminina, a partida entre Inglaterra e Camarões refletiu mal, não apenas no futebol feminino africano, mas no futebol africano em geral. É uma questão que será abordada e tratada nos níveis apropriados de governança - disse a dirigente.

Globo Esporte

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