Ponto de Opinião: A bagunça do futebol brasileiro

(Foto: Reprodução)


Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte


O futebol brasileiro foi marcado por um dos piores episódios em sua história em 2020 no último fim de semana. Flamengo e Palmeiras travaram uma “batalha” para que a partida entre as equipes pudesse ou não acontecer. O Rubro-Negro alegava prejuízo com a grande contaminação de jogadores pela Covid-19, enquanto o Alviverde queria entrar em campo, independente da situação do adversário.

A questão dentro desse jogo é que o protocolo, até o momento, era cumprido por todos os clubes. O Flamengo se mostrou o mais entusiasta para a volta do futebol, cogitando até a volta da torcida, o que foi vetado pela CBF. No entanto, ao se sentir prejudicado, a equipe carioca “burlou” o protocolo. Fez de tudo para adiar a partida do domingo e a discussão tomou proporções escandalosas. Flamengo e CBF chegaram a bater boca em uma live, divergindo das opiniões sobre torcida e protocolo das partidas.

Palmeiras e Flamengo entraram em campo no último domingo (27), empataram em 1 a 1 em um jogo morno, mas a história ainda deve seguir nos bastidores. A presidência do Alviverde já fala em suspender o campeonato, já que o protocolo está sendo “parcial”: serve para uns, mas pode ser ultrapassado por outros. A história foi reforçada por Corinthians, Bahia, entre outras equipes, que pedem igualdade no trato com o futebol em plena pandemia.

O futebol brasileiro virou uma verdadeira bagunça, onde todos fazem o que querem e toda discussão vira uma grande confusão. O ocorrido no domingo só reforça o quanto despreparados estamos para manter o futebol vivo durante a crise na saúde. Falta ética e respeito dentro da modalidade. Falta as pessoas se preocuparem mais com a saúde do que com o dinheiro, pois assim não chegaremos muito longe.

O futebol está entregue a própria sorte dentro deste cenário. E pelo andar dos acontecimentos, ainda teremos muitos assuntos para discutir. Como o próprio presidente da CBF, Rogério Caboclo, disse, o Brasileiro não é o “campeonato de um clube só” e que seria “igual o carioca”. O futebol vive pela ganância e pelo lucro, e não mais pelo amor à camisa. É lamentável o que vimos neste domingo. Lamentável.

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