Senado rejeita proposta de vacinação de atletas brasileiros classificados para as Olimpíadas

(Foto: Jane de Araújo/Agência Senado)


A emenda proposta pela senadora do Distrito Federal Leila Barros (PSB), que visava dar preferência aos atletas que vão disputar as Olimpíadas e Paralimpíadas na corrida da vacina, sequer foi votada nesta quinta-feira, em sessão realizada em Brasília. O relator do Projeto de Lei que autoriza o Poder Executivo Federal a aderir o acesso global de vacinas, o Covax Facility, Confúcio Moura (MDB), não colocou a votação em pauta.

Isso quer dizer que o Senado rejeitou a proposta feita pela medalhista olímpica do vôlei, já que a discussão também não entrou em votação como destaque.

A ideia da senadora era permitir que as doses para membros das delegações brasileiras pudessem ser adquiridas com recursos privados, desde que o governo autorizasse.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) prevê que o Brasil tenha cerca de 250 atletas nas Olimpíadas, chegando a um contingente de 450 pessoas viajando para o Japão, incluindo todos os membros de comissão técnica e logística. Para as Paralimpíadas, o Comitê Paralímpico prevê a ida de 200 atletas, além de mais de 200 outras pessoas envolvidas com o evento.

Ou seja, na emenda sugerida pela senadora, são cerca de 850 pessoas envolvidos, o que acarretaria no uso de 1.700 doses.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, já deixou claro que não vai pedir vacina obrigatória para os atletas, mas encoraja que todos estejam imunizados. O COB se pronunciou, há algumas semanas, dizendo que não colocaria os atletas na frente de grupos prioritários na corrida da vacina.

Alguns países como Hungria, Israel, Bélgica e Austrália já anunciaram que atletas serão vacinados antes das Olimpíadas.

Globo Esporte

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