Sobrecarga na rede de saúde do Japão pode deixar Olimpíadas sem médicos voluntários

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Embora os organizadores das Olimpíadas de Tóquio assegurem a realização do evento em julho, o torneio segue enfrentando problemas relacionados à crise sanitária que atinge o país. A Associação de Médicos de Tóquio, que representa mais de 20 mil profissionais no Japão, disse ser improvável destinar 3.500 médicos para atuar voluntariamente nos Jogos conforme solicitado pelo Comitê Organizador e pelo governo japonês.

- Não importa como eu olhe para isso, é impossível. Estou ouvindo médicos, que inicialmente se inscreveram como voluntários, dizendo que não há como tirar uma folga para ajudar enquanto seus hospitais estão completamente lotados - justificou Satoru Arai, diretor da Associação Médica de Tóquio.

O país registra até agora 394 mil casos de Covid-19 e quase seis mil mortes provocadas pela doença; em Tóquio, sede dos Jogos Olímpicos em julho, são 100 mil ocorrências e 914 óbitos. Nesta terça-feira, a capital japonesa registrou 556 novos casos de infecção por coronavírus, número mais baixo em comparação com os picos de janeiro, quando o número de casos diários passou de dois mil.

Nesta semana, o primeiro ministro japonês Yoshihide Suga prorrogou por mais um mês o estado de emergência em Tóquio e outros dez municípios diante da gravidade da pandemia. Embora as taxas de Covid-19 estejam caindo, a medida, segundo Suga, foi adotada para evitar que os números da doença voltem a subir.

O Comitê Organizador das Olimpíadas divulgou nesta quarta a primeira edição do código de conduta do megaevento, voltada inicialmente para as federações internacionais. Entre as recomendações no documento, constam a obrigatoriedade de testes de Covid-19 a cada quatro dias e também o encorajamento para que atletas se vacinem, embora a imunização não seja um pré-requisito.

Globo Esporte

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