Acidente de americana cria tensão no luge, e alemã se torna bicampeã olímpica

(Foto: Reprodução)


Velocidade. Técnica. Coragem. Apontado como um dos esportes mais perigosos dos Jogos de Inverno, já que os trenós chegam a cerca de 140km/h, o luge tem sua destemida campeã no feminino. Com uma atuação irretocável, a alemã Natalie Geisenberger, de 30 anos, fez jus a seu favoritismo e conquistou o bicampeonato olímpico. Ela foi vencedora no individual também em Sochi 2014 e tem uma medalha de ouro por equipes na Rússia há quatro anos.

Foi uma prova de tirar o fôlego no Centro de Deslizamento Olímpico, em Daegwallyeong-myeon. Primeiro, teve apreensão por um acidente envolvendo a americana Emily Sweeney. Depois, a tensão ficou por conta das inúmeras trocas de liderança. A briga pelo pódio foi insana, e Natalie Geisenberger, que foi a última a descer na pista na quarta descida, foi também quem riu no fim das contas. Ela celebrou seu ouro ao lado da compatriota Dajana Eitberger, que terminou com a prata.

O pódio só não foi totalmente alemão porque Tatjana Huefner cometeu um erro em sua última descida e acabou terminando na quinta colocação. A medalha de bronze ficou com Alex Gough, do Canadá. Em quarto, ficou a também canadense Kimberly McRae.

Acidente feio de americana cria clima de apreensão

Na quarta descida do luge, a americana Emily Sweeney perdeu o controle do trenó, caiu e saiu deslizando pelo gelo. Ela acabou raspando os pés no topo da proteção da pisca e soltou um grito. A apreensão foi geral. A arena ficou quieta, e o clima era de tensão total.

A rival canadense Brooke Apshkrum, que até então estava sorridente, ficou com a expressão fechada. O treinador da esportista botava as mãos no rosto. Depois de receber atendimento, contudo, ela saiu a pé e deixou o público mais tranquilo. Foi muito aplaudida.

A disputa brutal pela liderança

A quarta descida foi emocionante. A canadense Brooke Apshkrum foi quem liderou a prova por mais tempo. Oito atletas desceram sem conseguir pegar dela a dianteira. Mas a atleta do Canadá foi ultrapassada por Ulla Zirne, da Letônia, que fez excelente prova e assumiu a liderança. No fim, saiu para abraçar a adversária que estava em uma área destinada a quem lidera a disputa da modalidade. Só que não durou muito, porque a suíça Martina Kocher desceu em altíssima velocidade mesmo após largada ruim e tomou a dianteira.

A italiana Andrea Voetter passou a atleta da Suíça. Ou seja, a prova trocava de mãos o tempo todo. Madeleine Egle foi a competidora seguinte. Mais uma vez, troca de liderança. Ela voou baixo para assumir a primeira posição. A romena Raluca Stramaturaru levantou o público em seguida, pegando a ponta de forma sensacional e comemorando muito. Mas ainda faltavam os medalhões da competição.

Kimberly McRae fez uma prova "de compasso", uma linha reta e rápida, pegando a ponta. Erin Hamlin até foi bem, mas não superou a adversária e ficou com o segundo melhor tempo faltando cinco atletas. Saiu chateada. Dajana Eitberger, da Alemanha, pegou a liderança e celebrou muito. Mas a campeã olímpica Natalie Geisenberger veio em seguida. Ela foi irretocável e saiu para comemorar o ouro ao lado da compatriota, que pegou a prata.

Globo Esporte

Comentários