Expectativa na chegada e saída sem alarde: os três meses de Roger no Inter

(Foto: Reprodução)


Durou pouco mais de três meses a passagem de Roger no Inter. Contratado para fazer sombra a Leandro Damião e buscar repetir o sucesso demonstrado no Botafogo, o centroavante acertou a saída do clube gaúcho para rumar ao Corinthians no restante da temporada. Sem confirmar a pompa de sua chegada e deixar saudades nos torcedores.

Exatos 100 dias após sua apresentação oficial no Beira-Rio, Roger optou em trocar o Beira-Rio por Itaquera e traçar um novo desafio para sua carreira. Sequer participou do treinamento com os companheiros às vésperas da estreia no Brasileirão com o Bahia, que ocorre domingo, na casa colorada.

A situação chamou atenção não só pela curta passagem em Porto Alegre como pela situação atual. Roger era titular da equipe já que Damião segue fora para aprimorar o condicionamento físico após a lesão na coluna cervical. Iniciou a partida com o Vitória, na última quarta, pela Copa do Brasil, por exemplo. Mas sem corresponder exatamente às intenções do Inter ao buscá-lo.

O jogador de 33 anos foi apresentado oficialmente no dia 6 de março. Feliz pela oportunidade após a recuperação na cirurgia para a retirada de um tumor benigno no rim direito, ocorrida ainda no ano passado, Roger era só sorrisos. Disse estar no ápice da carreira, após terminar 2017 como artilheiro do Botafogo, com 17 gols.

O otimismo não restringia ao atacante. O clube apostava em seu sucesso. O vice de futebol, Roberto Melo, evidenciou o entusiasmo com o reforço, ao declarar que o "Inter tinha dois centroavantes com muita qualidade, algo raro no futebol brasileiro".

E, de fato, o cenário parecia conspirar para o triunfo. Logo no terceiro jogo pelo clube, anotou dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o Avenida, no dia 27 de janeiro. Roger vibrou com o feito ao lembrar da superação após o drama enfrentado.

- Passou muita coisa na cabeça, quando eu soube da doença. Talvez eu não conseguiria jogar em alto nível. Tirou um peso das minhas costas. Tem muita lenha para queimar. Isso é muito mais do que futebol - afirmou, à época.

Pois acabou aí. Roger nunca mais marcou. Mesmo com sequência como titular. O retorno próximo de Damião e a contratação de Lucca diminuiriam as oportunidades. O que o fizeram optar por um novo rumo. Além dos dois gols, disputou 13 partidas, sendo dez delas como titular.

Globo Esporte

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