Final do CBLoL 2020: INTZ vence paiN Gaming e é campeã pela quinta vez

(Foto: Bruno Alvares/Riot Games)


A INTZ venceu a final do 2º Split do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) de 2020 e se sagrou pentacampeã do maior torneio de LoL do Brasil. O time de Bruno "Envy" e Micael "micaO" atuou com confiança na decisão contra a paiN Gaming, neste sábado, e levou a melhor por 3 a 1. A série teve como palco o terraço de um prédio em São Paulo, bem próximo da Ponte Estaiada, um dos pontos de interesse da capital paulista.

- É um sentimento totalmente... eu estou pleno. Muito bom estar aqui de novo, muito bom erguer a taça - comemorou micaO, que faturou o quarto CBLoL da carreira, todos com a camisa da INTZ.

Com a conquista, a INTZ voltou a se isolar como a maior vencedora de títulos do CBLoL. Dos cinco troféus da organização no campeonato, três foram na era Exódia (2015/1º Split, 2016/1º Split e 2016/2º Split) e dois mais recentemente (2019/1ª Split e 2020/2º Split). Nessa corrida, a equipe deixou a KaBuM (quatro títulos) para trás.


A final do CBLoL teve um fato particular se comparado ao restante do campeonato. O confronto foi o único em todo o 2º Split a ter sido disputado presencialmente. Para poderem comparecer à decisão, os jogadores e membros das comissões técnicas tiveram que passar por um protocolo de segurança contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, com direito a testes nos últimos dias e uso de máscara no recinto. Os pro players jogaram dentro de cabines com divisórias e com potes de álcool gel na bancada, mas não usaram máscaras enquanto atuavam. O evento também não contou com participação de torcida.

Como campeã do CBLoL, a INTZ será a representante do Brasil no Worlds 2020, o Mundial de LoL. A competição mais importante do ano será realizada entre os dias 25 de setembro e 31 de outubro, em Xangai, na China. Os Intrépidos começarão a caminhada a partir da Fase de Entrada, espécie de fase preliminar do torneio, em que também estarão outros times de regiões menores - América Latina (LLA), CEI (LCL), Japão (JPL), Oceânia (OPL), Turquia (TCL) e Taiwan/Hong Kong/Macau/Sudeste Asiático (PCS) - e alguns piores colocados de ligas mais fortes - América do Norte (LCS), China (LPL) e Europa (LEC).

Cerimônia de abertura virtual

Para uma final sem torcida e com espaço reduzido, a Riot Games promoveu uma cerimônia de abertura virtual, ao som do DJ Vintage Culture e do rapper Pedro Qualy na música Somos Um Só. Personagens do League of Legends apareceram nas ruas de São Paulo e batalharam contra dois dos objetivos de Summoner's Rift: o Azuporã (Blue) e o Dragão Ancião. Depois de venceram as lutas, eles lançaram magias sobre a Ponte Estaiada para iluminá-la de azul e vermelho (as cores dos lados do mapa) e ainda revelar a logo do CBLoL. Galio fez as honras para a entrada dos jogadores nas cabines.

Uma das estruturas que serviram de pano de fundo para a final, a Ponte Estaiada virou uma atração à parte, sobretudo por ter-se feito a noite quando a série começou. A iluminação dela acompanhava momentos importantes da série. As luzes mudavam para vermelho quando o dragão infernal era feito, marrom claro no dragão da montanha, verde claro no dragão do oceano, azul claro no dragão das nuvens e roxo no caso do barão.

O jogo

Mesmo a paiN tendo aberto a série com um first blood no primeiro minuto de jogo - Shini eliminado na rota do meio, o restante do jogo foi todo da INTZ. Apoiada na Orianna de Envy, a equipe investiu nas iniciações fortes - RedBert chegou a fazer um triple kill - e chegou aos 18 minutos já com três dragões (infernal, montanha e oceano). O time encaixava tão bem as lutas que, aos 24, pegou a alma do oceano e o barão. Em três minutos, os Intrépidos aproveitaram a superioridade numérica e rusharam pelo meio até obterem a vitória.

A paiN voltou mais focada para o segundo jogo, com quatro abates em sete minutos. Aos 20, a equipe tinha leve vantagem pela primeira linha de torres derrubadas, mas aos poucos a INTZ encostava no ouro. E então começou um toma lá, dá cá: por um lado, triple kill de Cariok, barão para a paiN, T3 do meio e ace com só brTT sobrando vivo; por outro, Shini roubando objetivos, alma infernal para a INTZ e troco dado na T3 do meio. A balança pendia cada vez mais para o lado dos Intrépidos. A paiN pôs superminions no meio com a ajuda do segundo barão, mas Tay roubou o dragão ancião. Ampliando o efeito de três dragões infernais e ainda com a alma, a INTZ explodiu os adversários.

Contra as cordas, a paiN escolheu jogar no lado vermelho no terceiro jogo, priorizando a última escolha no draft, que acabou sendo de Hecarim para Cariok. Sem pestanejar, a INTZ usou o first pick para mais uma vez colocar Orianna nas mãos de Envy. Apesar das preferências, importante foi a atuação em conjunto da paiN, em especial da rota inferior, e sem afobação. Um triple kill de brTT permitiu ao time fazer o barão aos 20 minutos; e um double kill de esA, derrubar o inibidor de baixo. Logo a equipe liberou todas as rotas e, com o segundo barão, finalizou a partida.

Com um início veloz de quarto jogo por parte da INTZ, Tinowns (Orianna) foi eliminado quatro vezes em 11 minutos, sendo três para Envy (Sylas). Repleta de recursos sobretudo na rota do meio - Envy chegou a ser dono de cinco abates quando o placar apontava 7 a 1 -, a equipe ainda aumentava a pressão de mapa pelas três T1 derrubadas e por três dragões (infernal, nuvens e montanha) no bolso aos 18 minutos, repetindo o roteiro da abertura da série. Um double kill de Envy gerou um barão para os Intrépidos. Em seguida, vieram os inibidores do meio e da rota inferior, além de um recuo para garantir a alma da montanha. Na segunda investida à base adversária, a INTZ passou o trator em cima da paiN e encerrou a série.

Globo Esporte

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