Klopp critica política do Chelsea no mercado: "Não somos um clube de países ou oligarcas"

(Foto: Reuters)

O Liverpool investiu até agora para a próxima temporada cerca de 13 milhões de euros (cerca de R$ 81,6 milhões hoje) em contratações. Trouxe apenas o lateral-esquerdo Kostas Tsimikas. Enquanto isso, o Chelsea gastou mais de 223 milhões de euros e fechou com Hakim Ziyech, Ben Chilwell, Timo Werner e Kai Havertz. Ao comentar essa diferença, o técnico Jürgen Klopp deu uma "cutucada" no clube londrino.

- Para alguns clubes parece ser menos importante as incertezas sobre o futuro, porque eles têm como donos países ou oligarcas, essa é a verdade. Nós não podemos mudar do dia para a noite e dizer: "Agora queremos nos comportar como o Chelsea" - afirmou Klopp, em entrevista nesta quinta-feira à rádio da BBC.

O treinador do Liverpool fez referência direta ao Chelsea, cujo dono é o magnata russo Roman Abramovich, mas também indiretamente ao Manchester City, que é controlado pelo fundo soberano de Abu Dhabi, dos Emirados Árabes Unidos.

Klopp procurou ressaltar as recentes façanhas de seu time em comparação a esses rivais, como o título do Campeonato Inglês, na temporada 2019/20.

- Somos um tipo diferente de clube. Nós alcançamos a Liga dos Campeões dois anos atrás, vencemos da Champions na temporada seguinte e agora conquistamos a Premier League sendo o clube que somos - comentou o treinador.

Vale lembrar o Liverpool foi comprado em outubro de 2010 pelo Fenway Sports Group, empresa que faz parte da holding que também controla o Boston Red Sox, de beisebol. Além disso, nas janelas de verão das temporadas 2017/18 e 2018/19, somadas, o clube investiu mais de 356 milhões de euros.

Outro ponto a ser considerado é que o Chelsea foi proibido de fazer contratações nas duas últimas janelas por causa de uma punição da Fifa.

- Nós sempre queremos melhorar o elenco, mas há maneiras diferentes de fazer isso. Uma é contratando novos jogadores, e outra é trabalhando em conjunto, desenvolvendo os pontos fortes e procurando anular as fragilidades - disse.

Globo Esporte