Técnico do Avaí, Geninho cobra providência sobre agressão aos atletas do Figueirense: "Prender"

(Foto: Divulgação / Avaí FC)


Com ampla experiência no futebol, Geninho comentou sobre a agressão sofrida pelo elenco do Figueirense no Orlando Scarpelli. Mesmo à frente do rival Avaí, o treinador cobrou ação enérgica do Ministério Público para identificar e prender os autores do que classificou ser "tentativa de assassinato".

– Eu acho que é recriminável. Está na hora de uma tomada de posição muito forte das autoridades. O Ministério Público tem que tomar medidas. É muito fácil identificar quem fez. Enquadra esse pessoal em agressão e até em tentativa de assassinato, pois jogaram foguetes em cima dos caras. Enquadra forte, chama para a responsabilidade. Se tiver que prender, prende. Isso não é reação de torcedor, agressão não é reação de torcedor – disse.

Geninho expressou sua opinião sobre o caso após a derrota por 1 a 0 do Avaí para a Chapecoense, neste domingo, pela oitava rodada da Série B do Brasileiro. O treinador de 72 anos acredita que uma punição aos agressores serve para coibir uma possível tragédia em casos que possam se tornar recorrentes no futebol.

– Daqui a pouco, um cara (jogador) se sente acuado, puxa uma arma e dá um tiro no peito de um menino (torcedor). Vão falar que ele é um assassino, sendo que estava defendendo a própria vida. Antes que aconteça uma tragédia, porque penso que isso seria um caso extremo, estou só dando um exemplo. Deus me livre e guarde que isso aconteça. A gente tomar providência depois que morrer alguém, não adianta – completou.

ENTENDA O CASO

O estádio Orlando Scarpelli foi invadido na tarde de sábado, por volta das 15h, por cerca de 40 torcedores do Figueirense com identificações da principal torcida organizada do clube. Há relato de que jogadores foram agredidos e, inclusive, cogitam pedir dispensa.

No momento da invasão, 34 jogadores estavam treinando. A assessoria de imprensa do Figueirense informou que houve feridos leves (sem dizer se foi jogador ou funcionário), mas que os mesmos foram tratados pelo departamento médico. A reportagem apurou que pelo menos cinco atletas sofreram danos físicos – um deles com corte no supercílio.

A invasão ocorreu após torcedores derrubarem portão 8 do estádio. Na chegada ao gramado, eles soltaram rojões em direção aos jogadores que realizavam o trabalho regenerativo sob o comando de Elano, um dia após a derrota por 1 a 0 para o Paraná, pela Série B. O treinador, através de sua assessoria de imprensa, disse que "prefere não se manifestar sobre o ocorrido".

A Polícia Militar foi chamada, mas, ao chegar ao estádio, o grupo de torcedores já havia deixado o local. A diretoria do clube se reuniu para alinhar quais providências jurídicas serão encaminhadas. O Boletim de Ocorrência foi registrado no início da noite de sábado.

Globo Esporte

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