Menor, mais jovem e igualitário: mudanças no programa colocam (enfim) o COI no século XXI

(Foto: Reprodução)


Os Jogos Olímpicos de Paris, marcados para 2024, serão menores do que os de Tóquio 2021. Ao menos em número de atletas e medalhas distribuídas, como o Comitê Internacional (COI) divulgou nesta segunda-feira.

Se em números absolutos os Jogos serão menores, em relevância para o futuro do evento, a edição de 2024 será marcante. O primeiro com uma presença igual de atletas homens e mulheres. E, depois de tanto tempo só aumentando o número, o primeiro com uma diminuição no número de competidores e de provas em disputa.

As Olimpíadas estão grandes demais. Poucas cidades querem sediar, abrigar milhares de atletas e construir dezenas de locais. O COI faz certo em diminuir o número total de atletas (11.100 para 10.500) e, claro, sem alterar o número de países no evento. Também está certo em reduzir o número de provas (em Tóquio 2021 serão 339 e, em Paris 2024, serão 329).

Pedidos não faltaram. O Comitê Olímpico Internacional recebeu 41 solicitações de inclusões de novas provas e rejeitou quase todas elas. De handebol de praia até parkour, passando por High Diving e remo oceânico. A maioria destes, precisaria de uma construção, por mais que essa seja provisória, para as Olimpíadas.

Entre as inclusões estão o breaking (break dance), canoagem slalom extreme e prova de velocidade da escalada, competições que não precisarão de uma nova sede e que têm, como característica, a maioria do público jovem. Entre as exclusões estão beisebol/Softbol, caratê e quatro categorias do levantamento de peso, esporte enrolado até o pescoço em corrupção e esquemas de doping.

Menos provas, menos sedes a serem construídas, menos atletas e, consequentemente, uma edição das Olimpíadas mais barata.

O COI segue governado por um homem, branco, rico e idoso. Mas, ao menos, está tentando se modernizar. Isso é a cara desse século XXI, por fora até mostra uma mudança, mas por dentro segue tudo igual.

Globo Esporte

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