Atlético Nacional goleia a Chape e conquista a Recopa Sul-Americana

(Foto: AFP)


Pouco mais de quatro meses depois do trágico acidente que vitimou 71 pessoas em novembro de 2016, a Chapecoense, no dia de seu aniversário de 44 anos, finalmente jogou no Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia. Uma noite marcada pela emoção de dois clubes que se tornaram irmãos. Apenas um, porém, poderia sair campeão. E foi o Atlético que saiu com o caneco, se tornando o primeiro clube colombiano a vencer a Recopa. A equipe venceu por 4 a 1 e reverteu a vantagem da Chape (2 a 1) construída no primeiro jogo. Dayro Moreno e Ibargüen fizeram os gols do título colombiano. Túlio de Melo fez o gol de honra da Chapecoense.


COMEÇO ARRASADOR DO ATLÉTICO E CHAPE ACUADA

Logo no primeiro ataque do jogo, Dayro Moreno recebeu dentro da área e chutou cruzado, Artur Moraes aceitou e o Atlético saiu na frente na decisão. Na primeira metade do primeiro tempo, o time colombiano controlava a posse de bola e afundava a Chapecoense no seu campo defensivo, que tentava sair em velocidade nos contra-ataques.

A primeira chegada da Chape só foi aos 22 minutos em chute de longe de Reinaldo. O Atlético trabalhava a bola e não deixava o time brasileiro gostar do jogo. Aos 30, Ibargüen recebeu de Macnelly Torres dentro da área, cortou a marcação e chutou forte para fazer o segundo gol dos donos da casa. A Chapecoense foi para o intervalo perdendo por dois e sem ter criado perigo algum ao gol adversário.

CHAPE VOLTA MELHOR, APAGA DE NOVO, E SAI GOLEADA

Vágner Mancini, percebendo a urgência em mudar a postura do time, voltou para o segundo tempo com Apodi no lugar de Luiz Antônio, deixando o time mais rápido nas saídas de bola. A mudança surtiu efeito logo de cara. Com dois minutos, a Chape quase diminuiu em finalização de Arthur Caíke, mas Henríquez tirou em cima da linha.

Até os 20 minutos, a Chapecoense fazia o que o Atlético fez no primeiro tempo: dominava a partida e afundava o adversário no campo de defesa. As más finalizações, porém, impediam a mudança no placar.

Aos 22, um banho de água fria: quando o time brasileiro vinha dominando a partida, Dayro Moreno, após grande jogada de Ibargüen, cabeceou para fazer o terceiro do Atlético. A Chape sentiu o gol e não conseguiu mais reagir. 

Já quase entregue, a Chapecoense ainda viu o Atlético marcar o quarto gol. Ibargüen, em finalização muito feliz, encobriu o goleiro Artur Moraes e colocou 4 a 0 no placar. Três minutos depois, Osman cruzou pela esquerda e encontrou Túlio de Melo, que dominou e fez o gol de honra dos brasileiros. No fim, Andrei Girotto ainda perdeu a cabeça e foi expulso após falta forte no campo de ataque.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO NACIONAL (COL) 4 X 1 CHAPECOENSE

Local: Atanasio Girardot, Medellín (COL)
Data: 10/5/2017
Árbitro: Roberto Tobar (Fifa-CHI)
Auxiliares: Marcelo Barraza (Fifa-CHI) e Claudio Rios (Fifa-CHI) 
Público: Não divulgado.
Cartões amarelos: Ibargüen, Arley Rodríguez e Elkin Blanco (ATL); Arthur, Reinaldo, Moisés Ribeiro, Andrei Girotto e Nathan (CHA)
Cartões vermelhos: Andrei Girotto, 42'2°T (CHA)
Gols: Dayro Moreno, 1'1°T (1 a 0), Ibargüen, 31'1°T (2 a 0), Dayro Moreno, 22'2°T (3 a 0), Ibargüen, 35'2°T (4 a 0) e Túlio de Melo, 37'2°T (4 a 1)

ATLÉTICO NACIONAL: Armani, Bocanegra, Alexis Henríquez, Najera e Farid Díaz; Aldo Ramírez (Elkin Blanco, 25'2°T), Diego Arias (Nieto, 46'2°T) e Macnelly Torres; Ibargüen (Dájome, 47'2°T), Dayro Moreno e Arley Rodríguez – Técnico: Reinaldo Rueda.

CHAPECOENSE: Arthur Moraes, João Pedro, Douglas Grolli, Nathan e Reinaldo; Moisés Ribeiro, Andrei Girotto e Luiz Antônio (Apodi, int); Osman, Wellington Paulista e Arthur Caíke (Túlio de Melo, 30'2°T) – Técnico: Vagner Mancini.

Lance

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