Com forças como Itália, Grécia e Lituânia nos pré-olímpicos, Brasil tentará sediar uma seletiva

Brasil busca vaga nas Olimpíadas de Tóquio (Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)


Fora da Copa do Mundo, o Brasil também não conquistou uma das duas vagas das Américas para a Olimpíada de Tóquio através da competição. Resta ainda, contudo, uma chance através de um dos quatro pré-olímpicos que acontecem em junho do ano que vem. E o Brasil tem como plano receber uma das sedes em 2020, um mês antes dos Jogos do Japão. A Confederação Brasileira de Basketball (CBB), internamente, demonstra interesse em lançar junto à Federação Internacional a candidatura. Neste momento, a Fiba ainda não deixou claro como será o processo, mas a CBB está de olho e tentará viabilizar a questão.

O principal entrave é financeiro. A entidade tenta se reorganizar financeiramente, e o pré-olímpico custa dinheiro. Normalmente, a Fiba oferece a possibilidade de sediar a disputa através do seu ranking. Os times mais bem ranqueados e classificados para o pré-olímpico ganham o direito de se oferecerem para receber o torneio. Hoje, o Brasil é o 12º do ranking da Fiba, o primeiro das Américas atrás de Argentina e Estados Unidos, já classificados para a Olimpíada. Assim, é bem provável que receba a oferta e possa realmente fazer uma candidatura. Vai pesar na decisão se a CBB irá conseguir o dinheiro para o torneio.

Até o momento, estão classificados para os pré-olímpicos via Mundial os seguintes países: Venezuela, Itália, Porto Rico, Rússia, Turquia, Nova Zelândia, Alemanha, Canadá, Brasil, Lituânia, República Dominicana, Tunísia e Grécia. Faltam três vagas (entre França, República Tcheca, Espanha, Sérvia e Polônia), somando 16 times saindo da Copa do Mundo e garantidos nos pré-olímpicos. Do trio entre franceses, tchecos e espanhóis, dois se classificam para Tóquio - os dois europeus que tiverem as melhores campanhas na Copa do Mundo, e o que sobrar vai para o pré-olímpico.

Ao todo, serão 24 times nos pré-olímpicos, quatro torneios com seis em cada um. Os campeões se classificam para Tóquio. Para chegar a esse número de 24, a Fiba irá convidar outras oito seleções através do seu ranking, com vagas separadas por continente: Américas, Ásia, África, Europa e Oceania.

- Independentemente do lugar, onde será a sede, temos que jogar e bonito. E conquistar a vaga, que é o mais importante de tudo. É lógico que favorece se for em casa, mas temos que esperar e ver o que vai acontecer. O foco é jogar e classificar - citou Leandrinho.

Europa em Tóquio 2020

A Copa do Mundo, para cinco europeus, vale pódio mas também as duas vagas olímpicas para o continentes ainda abertas. A Espanha avançou para as semifinais nesta terça, ao lado da Argentina. Nesta quarta, a República Tcheca pega a Austrália, e a França joga contra os Estados Unidos.

Se apenas um dos europeus (tchecos ou franceses) forem às semifinais, ele se garante em Tóquio com a Espanha.

Se França e República Tcheca vencerem nesta quarta, se juntam à Espanha nas semifinais - os dois europeus que terminarem nas melhores posições vão aos Jogos Olímpicos.

Se, nesta quarta, franceses e tchecos perderem seus jogos, a Espanha, semifinalista, já estará em Tóquio. A segunda vaga europeia na Olimpíada via Copa do Mundo sairá da disputa de quinto a oitavo lugares, com Sérvia, Polônia, República Tcheca e França. Assim, se garantiria em Tóquio, o quinto colocado nesta Copa do Mundo, o segundo europeu de melhor campanha (atrás da Espanha, semifinalista).

Classificados para Tóquio

Até aqui, se garantiram em Tóquio os Estados Unidos, a Argentina, o Japão, como país-sede, a Nigéria, como melhor africano, o Irã pela Ásia, e a Austrália, da Oceania. Outros dois europeus vão se qualificar até o dia 15 de setembro, quando termina a Copa do Mundo na China.

Aos 39 anos, o ala Alex preferiu esperar esfriar a cabeça para falar sobre o futuro na seleção e o pré-olímpico. Mas, como vinha dizendo desde fevereiro, ainda nas eliminatórias, é bem provável que esta tenha sido a sua última Copa do Mundo.

- Acho que não, né? Difícil falar agora, com a cabeça de agora, mas temos que ver ainda. Como vai ser, o pré-olímpico, como estarão as coisas, para podermos decidir.

Globo Esporte

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