Ganso e Oswaldo de Oliveira são advertidos por bate-boca em Fluminense x Santos

(Foto: Felipe Siqueira)


Paulo Henrique Ganso, Digão e Frazan, do Fluminense, Oswaldo de Oliveira, ex-treinador do clube, e Marinho, do Santos, foram julgados nesta segunda-feira pela 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), pelos incidentes ocorridos na partida entre Fluminense e Santos, disputada no dia 26 de setembro e válida pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O camisa 10 e o ex-treinador tricolor foram apenas advertidos pelo bate-boca durante a substituição do meia. Oswaldo, por sua vez, pegou dois jogos de suspensão pelo gesto obsceno feito em direção a torcedores na saída do gramado.

Já Digão, Frazan e Marinho foram julgados por terem sido expulsos na partida. Os zagueiros do Fluminense receberam uma partida de suspensão, já cumpridas contra o Grêmio, enquanto o atacante do Santos foi absolvido.

Os tricolores foram defendidos por Carlos Portinho. Incluindo Oswaldo de Oliveira, que não trabalha mais no Fluminense e não esteve no STJD. Os três atletas compareceram à sessão. O presidente tricolor, Mário Bittencourt, também participou e chegou a ser chamado para dar sua visão sobre o caso.

Caso Oswaldo de Oliveira e PH Ganso

A Procuradoria denunciou Ganso por ofensas ao técnico Oswaldo de Oliveira. Ele foi enquadrado no artigo 243-F (ofender alguém em sua honra), que prevê suspensão de até seis jogos e multa que pode variar entre R$ 100 e R$ 100 mil. Já o ex-técnico tricolor foi denunciado por responder o jogador Ganso chamando o atleta de "vagabundo" e pela conduta contra torcedores do clube ao fazer gestos obscenos. Foi enquadrado no artigo 243-F por ofensa e no artigo 258-A por provocar a torcida. O primeiro ato prevê suspensão de até seis jogos e multa entre R$ 100 e R$ 100 mil, enquanto o segundo ato pode gerar suspensão por duas a seis partidas.

- Falou comigo, eu respondi, acabei saindo do jogo, na tensão da partida, na tensão da fase que a gente estava passando, acabei falando burro, burro... Mas depois foi tudo resolvido, no vestiário a gente conversou, se abraçou, ficou tudo ok. Foi uma coisa mais de tensão da partida e uma discordância tática que acabou acontecendo - explicou Ganso no tribunal (veja vídeo).

Mário Bittencourt, por sua vez, lembrou que Ganso foi multado, disse que episódio foi resolvido e ressaltou que Oswaldo de Oliveira não foi demitido pela discussão, especificamente. O dirigente ressaltou ainda que o filho do treinador segue trabalhando no clube.

- Foi conjunto entre avaliação técnica nossa e com clima de insustentabilidade. Pelo gesto a torcedores, chegamos a temer pela questão física do treinador. Dias depois houve uma invasão ao CT. A relação com ele continua ótima - disse o presidente tricolor sobre a demissão de Oswaldo.

Expulsões de Digão e Frazan

Digão deixou o pé no rosto de Marinho após dividida e acabou expulso com vermelho direto aos 26 minutos do segundo tempo. Denunciado no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por agressão, ele corria risco de suspensão por quatro a 12 jogos. Frazan, também expulso por entrada em Marinho, foi denunciado por jogada violenta prevista no artigo 254 do CBJD, que tem como pena prevista a suspensão de uma a seis partidas.

No tribunal, Digão se defendeu:

- Não quis o atingir. Queria me levantar e não tive a intenção. Nunca quis machucar um companheiro de trabalho.

Também foram julgados Fernando Simone, gerente geral do Fluminense, Rodrigo Henriques, supervisor de futebol, Allan Neiva, auxiliar de supervisão, acusados de ofensas à equipe de arbitragem no caminho dos vestiários. Simone assumiu a culpa e isentou os companheiros de clube de culpa.

Globo Esporte

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