Pressão no início e precisão: Brasil se arma para pegar a França, maior desafio do atual ciclo sub-17

(Foto: Getty Images)


Guilherme Dalla Déa está no comando da seleção sub-17 desde o início de 2018. Esteve à frente do ciclo da atual geração até chegar ao Mundial no Brasil. Passou por vários torneios amistosos e o Sul-Americano, em março deste ano. E não hesita em dizer: a França, nesta quinta, tem tudo para ser o adversário mais duro no período.

“Acredito que no Mundial, quando vai se afunilando, o nível vai aumentando. Dentro do ciclo que estou à frente, a gente enfrentou grandes seleções. É a mais difícil sim. Estamos bem preparados para fazer grande jogo”, comentou o treinador.

Brasil e França farão o confronto dos dois times com melhor campanha no Mundial até o momento. Ambos venceram seus cinco jogos. Os franceses marcaram 17 vezes e sofreram dois gols, enquanto os brasileiros fizeram 14 gols e levaram três gols.

O atacante Peglow, um dos cinco jogadores com mais jogos pela seleção sub-17 no atual ciclo, também encara a França como um dos rivais mais difíceis no período.

– É um time forte, uma seleção muito boa. A gente enfrentou seleções muito poderosos. Pegamos a Inglaterra (em setembro). A gente está acostumado a jogar jogos assim – comentou o atacante.

Blitz no início

Para Guilherme Dalla Déa, será essencial que o Brasil consiga algo que obteve em quatro dos seus cinco compromissos no Mundial até agora: um gol no início. Apenas contra a Angola, quando a seleção abriu o placar na segunda etapa, isso não foi possível. Nas demais partidas, a equipe brasileira sempre chegou ao primeiro gol antes dos 20 minutos iniciais.

– O início da partida é fundamental. Mas é importante entrar bem. Confiante. Isso eles vêm demonstrando jogo a jogo. Acredito que vamos entrar da mesma forma, concentrados, competitivos. Demonstramos no último jogo contra a Itália. Desde o primeiro momento, agredimos o adversário, com muito respeito, não deixamos a Itália respirar.

“A gente espera repetir isso no jogo contra a França. Nessa reta final, eles estão demonstrando esse comportamento”, reforçou o técnico.

Gols do Brasil no início do jogo:

Brasil x Canadá: Peglow 17'
Brasil x Nova Zelândia: Kaio Jorge 20'
Brasil x Chile: Kaio Jorge 8'
Brasil x Itália: Patryck 6'
Brasil x França: duelo dos líderes da precisão

Embora tenha admitido que possa mudar a postura da seleção e aproveitar os contragolpes, o comandante da seleção sub-17 enalteceu uma característica do Brasil: a precisão. A equipe brasileira fará com a França o duelo dos dois times que mais acertaram o gol no torneio: 44 vezes para a equipe europeia contra 41 dos brasileiros.

– Em alguns momentos tem que saber sofrer. Isso faz com que nos transformemos em seleções diferentes. A gente consegue construir e ser efetivo na hora da finalização. Números mostram que tem número elevado de finalização ao gol. Isso é característica dessa geração. Joga muito vertical. De lado. Muita força – comentou o técnico.

Para a partida, o volante Diego Rosa retorna após cumprir suspensão. Ele deve entrar na vaga de Talles Costa, e essa será a única mudança na equipe. Nesta terça, o time brasileiro treinou no CT do Brasiliense, e Guilherme Dalla Déa trabalhou com a seguinte escalação:

Donelli; Yan, Henri, Luan Patrick e Patryck; Daniel Cabral, Diego Rosa e Pedro Lucas; Veron, Kaio Jorge e Peglow

Brasil e França se enfrentam nesta quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Bezerrão, no Gama-DF, pela semifinal do Mundial Sub-17. A partida terá acompanhamento em Tempo Real no GloboEsporte.com e transmissão no SporTV.

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