Do Ittihad ao Figueirense, Grêmio tem R$ 18 milhões a receber, mas não conta com receita na crise

(Foto: Al-Ittihad/Divulgação)


Durante a crise, as receitas têm minguado. O Grêmio, no entanto, tem cerca de R$ 18 milhões por receber de negócios anteriores. Só que a maior parte desse montante não deve chegar ao clube durante a crise atual da pandemia, já que a maioria das equipes também está em momento complicado.

O valor total foi publicado pelo Uol Esporte e confirmado pelo GloboEsporte.com. As cobranças que têm mais chance de ser pagas são as do âmbito da Fifa, que mantém a obrigatoriedade dos pagamentos em caso de condenação. Primeiro, é a cobrança do Grêmio Al Ittihad, da Arábia Saudita, da venda de Marcelo Grohe. O valor por receber é pouco maior a um milhão de euros pelo goleiro. Por conta do câmbio atual, o valor passa dos R$ 8 milhões.

Conforme apurou o GloboEsporte.com, o próprio atleta e outros do elenco do Ittihad têm quantias por receber da equipe árabe ainda. Procurado, o agente do goleiro, Bruno Junqueira, não quis comentar o assunto por questões contratuais. O Ittihad tem sido demandado pela Fifa para pagar suas dívidas também a outros clubes nas últimas semanas.

As outras quantias que correm no âmbito da entidade são em referência a mecanismos de solidariedade de alguns jogadore, como do volante Fernando, negociado para o Beijing Guoan, da China. Alguns clubes brasileiros, em negócios diretos, devem ao Tricolor. Mas a expectativa não é de receber valor no atual momento de crise.

O Tricolor tem valores a receber do Figueirense e do Fluminense em negociações dentro do Brasil e também do Tijuana, do México, no negócio por Miller Bolaños. Em tese, todos os devedores podem resolver pagar suas dívidas. No entanto, no atual momento de parcas receitas, a tendência não é essa.

Espera-se algum recurso se a Fifa obrigar, como ocorreu por exemplo no pagamento do Atlético-MG para a Udinese, da Itália. E os únicos casos nesta alçada são de Grohe e dos mecanismos de solidariedade. O Grêmio passará maio em dia com o elenco, mas a partir de junho deve recorrer a empréstimos.

Na semana passada, em entrevista ao GloboEsporte.com, o presidente Romildo Bolzan falou sobre o momento delicado financeiro dos clubes brasileiros e inclusive citou possível "falência" se os jogos não voltarem até o final do ano. O Grêmio já não "tem de onde tirar" na crise.

Globo Esporte

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