Coronavírus adia Olimpíadas e deixa alerta para cuidado da saúde dos atletas

(Foto: Reprodução)

Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte


A crise provocada pelo novo coronavírus fez o mundo todo reorganizar suas agendas, cancelar eventos e repensar sua qualidade de vida. Isso não foi diferente com o esporte, que precisou remodelar todo o ano de 2020 para evitar novos contágios e mortes.

A grande mudança ocorrida na última terça-feira (24) foi o adiamento, para 2021, dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O Ministério japonês e o Comitê Olímpico Internacional (COI) entenderam que o adiamento para o ano que vem seria melhor para o evento, atletas e organização.

Com isso, os atletas precisam redobrar seus cuidados perante a pandemia da doença. Obedecer aos limites de quarentena e manter os treinos em dia são importantes para afastar os perigos da doença em estado mais grave.

“O vírus do Covid-19 possui na sua estrutura algumas espículas, que favorecem a sua introdução nas células do nosso organismo. Sabe-se que essas espículas se ligam a uma enzima chamada ECA-2, Enzima Conversora de Angiotensina 2. Quando o indivíduo é contaminado, o Covid-19 pode agir provocando febre, tosse, fadiga, cansaço, dores no corpo e falta de ar", explica a médica Ludhmila Hajjar, porta-voz da Sociedade Brasileira de Cardiologia e vice-coordenadora de Pós-Graduação de Cardiologia da USP em São Paulo.

Sabe-se que existe um grupo de risco para a doença, como idosos, pessoas com problemas respiratórios, com alguma doença no sistema imunológico, além de câncer, diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.

Roberto Firmino mostrou que segue firme com seus treinos em casa (Foto: Reprodução)


Como recomendação, a médica explica que o melhor tratamento é o isolamento social. “É importante que o atleta cuide de sua saúde, assim como todas as outras pessoas. Ele deve tentar fazer sua atividade física em casa”. Ela destaca que, no momento, os profissionais da saúde são os mais importantes para o controle da pandemia e que os atletas precisam influenciar as pessoas a se cuidarem.

“Destaco que o atleta tem grande influência na sociedade. Por isso, esperamos que ele seja um exemplo de hábito e de engajamento nas orientações médicas. Esperamos que ele esteja em casa, comunicando-se com as pessoas por vídeo e fazendo as suas atividades também dentro de casa, incentivando os outros a fazerem o mesmo”.

Por fim, Ludhmila destaca os cuidados necessários em caso de contágio da doença. “Corra ao hospital se você tiver cansaço, fadiga, se não estiver conseguindo respirar adequadamente e se tiver febre há mais de 48h”.

“Já se você for de grupo de risco (idoso, hipertenso, portador de diabetes, de câncer ou de doenças cardíacas ou respiratórias) precisa se cuidar de uma maneira mais intensiva. Ou seja, se estiver começando com febre e tosse ou se começar a sentir falta de ar, o ideal é já procurar um serviço médico. Caso ele não se enquadre nestas características, deve cuidar de seus sintomas em casa, recluso e com total atenção à evolução da doença”, conclui.

Atletas do vôlei rasparam a barba em proteção ao coronavírus (Foto: Reprodução)

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