Análise: o que deu certo e o que deu errado na vitória do Corinthians contra o Coritiba

(Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)


O Corinthians havia feito um ótimo primeiro tempo contra o Atlético-MG no dia 14, mas perdeu força na segunda etapa, levou a virada e perdeu por 2 a 1. Uma semana depois, com duas expulsões, segurou um empate por 0 a 0 com o Grêmio, não vencendo por uma defesa milagrosa de Vanderlei.

O bom desempenho animava. A pouca evolução na tabela, porém, preocupava.

Nesta quarta, em Curitiba, o Timão não deu show, mas venceu por 1 a 0 de forma eficiente e quase sem sofrer, somando três pontos importantíssimos na briga contra a parte inferior da tabela – com 29 pontos, escalou seis posições na classificação, amanhecendo nesta quinta-feira na nona posição.

Com 13 desfalques – incluindo Cássio que sentiu dores musculares no aquecimento e abriu vaga para Walter –, o técnico Vagner Mancini chegou à sua quarta vitória em dez partidas fazendo mudanças na escalação.

Com Marllon, Otero e Cantillo suspensos, escalou Bruno Méndez, Roni e Xavier. Por opção tática, sacou Jonathan Cafú e Davó e escalou Lucas Piton e Jô em seus lugares.

Aposta que deu certo

Chamou a atenção do torcedor quando a escalação trouxe o lateral-esquerdo Lucas Piton como atacante aberto pela esquerda. Com várias opções em baixa técnica (Cafú, Léo Natel e Everaldo), Mancini escalou Piton numa função em que o jovem jogou por alguns minutos contra o Grêmio.

Num meio-campo com bastante liberdade para criar e uma defesa que subia as linhas, a estratégia era levar a bola aos laterais, possibilitando jogadas com Fagner e também com a dupla Piton/Fábio Santos. Gabriel, em noite de Cantillo, deu sete lançamentos em direção a Fagner, acertando cinco.

Com Jô como referência, a jogada aérea foi a opção mais buscada, mas acabou não sendo muito efetiva. Com 1 minuto, Roni cruzou e o camisa 77 mandou para fora. Outros tiveram chances parecidas, como Fábio Santos e o próprio Piton, que em finalização na área depois acertaria a mão de Maílson, em pênalti marcado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden com o auxílio do VAR.

Segundo tempo pouco inspirado

O Timão voltou igual para a etapa final, mas criou muito pouco. O cansaço de apenas dois dias de recuperação após jogar contra o Grêmio com dois a menos apareceu.

Luan, que vinha de dois bons jogos, teve alguns bons lances, mas não conseguiu ser decisivo.

Também sem ser agredido pelo Coxa, um time de enorme dificuldade na criação e que só chegou num chute de longe, o Corinthians foi levando o resultado de 1 a 0 até o apito final.

Mancini tentou mudar o jogo dando mais ofensividade e verticalidade com Everaldo pela esquerda, mas não houve grande evolução. Cazares, de volta após lesão, também foi pouco notado. O garoto Gabriel Pereira, por sua vez, chegou a fazer um lance individual e chutou a gol, chamando atenção.

O Coritiba foi o primeiro time a perder seis pontos para o Corinthians no Brasileirão. Num campeonato de recuperação, o Timão vê vitórias e soma de pontos como única meta para ganhar alívio.

O próximo compromisso é contra o Fortaleza, daqui a uma semana, no Castelão, um time contra quem empatou por 1 a 1 no 1º turno. O Timão ainda não venceu duas seguidas dentro da competição.

Globo Esporte

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