RBR revela pintura em homenagem à Honda para o GP da Turquia

(Foto: Divulgação/RBR)


A RBR divulgou a pintura especial que adotará neste fim de semana do GP da Turquia - data que originalmente pertencia ao GP do Japão - em homenagem à Honda, sua fornecedora de motores e que deixará a Fórmula 1 em 2022.

A equipe também anunciou que a parceria com a marca nipônica continua em outras áreas como a Academia de Pilotos e o desenvolvimento da unidade de potência própria que o time está desenvolvendo para 2023.

O modelo que será pilotado por Max Verstappen e Sergio Pérez possui as cores branca e vermelha e dizeres de "obrigado" na escrita japonesa. As cores lembram o primeiro carro japonês a vencer na F1, o Honda RA 272, pilotado por Richie Ginther no GP do México de 1965.

- Estávamos ansiosos para dar aos fãs japoneses da Honda a chance de celebrar nosso relacionamento extremamente bem-sucedido na Fórmula 1 em casa, em Suzuka. E com a corrida sendo vítima da pandemia, simplesmente não podíamos deixar o fim de semana passar sem prestar uma homenagem à notável jornada da Honda na F1. Esperamos poder dar aos fãs outra vitória com essas cores lendárias neste fim de semana - declarou o chefe da equipe, Christian Horner.

Equipe irmã da RBR e que tem como um dos piloto o japonês Yuki Tsunoda, a AlphaTauri trará para o Circuito de Istambul uma homenagem mais discreta à parceria com a Honda, incluindo uma mensagem de agradecimento na asa traseira dos carros.

Além da continuidade da parceria na formação de pilotos e atividades de marketing, a equipe austríaca também contará com a assistência da Honda no desenvolvimento de seu próprio motor. A montadora ainda fornecerá para a fábrica do time os funcionários que hoje trabalham com a unidade de potência japonesa no Reino Unido.

- Estamos muito satisfeitos que nosso ambicioso projeto de unidades de potência será fortemente apoiado pela Honda. Isso ajudará a garantir que a transição da RBR para o status de fabricante de chassis e de motores seja perfeita. Igualmente empolgante é a notícia de que nossa colaboração com a Honda se estenderá a uma variedade de atividades, desde o desenvolvimento de pilotos a outros tipos de corrida. Este trecho da viagem da Honda na Fórmula 1 está chegando ao fim, mas juntos estamos embarcando em uma jornada nova e fascinante - celebrou Horner.

Despedida, mas nem tanto

A RBR anunciou que vai continuar operando os motores Honda a partir de 2022 mesmo com a saída da fabricante japonesa no fim deste ano, estratégia considerada fundamental para a continuidade da equipe, e que ocorre graças ao congelamento do desenvolvimento de motores até 2025.

Em outubro de 2020, a Honda anunciou sua retirada da F1 e pegou a RBR de surpresa. A marca prometeu continuar empregando recursos em 2021, mas a RBR ficou sem uma opção factível no mercado, já que Mercedes e Ferrari têm suas próprias equipes e são rivais diretas da RBR, e a Renault, que forneceu unidades à equipe entre 2007 e 2018, teve um fim de parceria conturbado. A RBR, então pensou na ideia de assumir a operação da Honda.

História de altos e baixos

A Honda voltou para a F1 em 2015, fornecendo motores para a McLaren que demoraram a alcançar a competitividade esperada na retomada da vitoriosa parceria da década de 1980. Ao mesmo tempo insatisfeita com a Renault, a RBR viu na Honda uma chance de ter um motor produzido sob medida para seu carro, o que a montadora francesa se recusava a fazer por ter equipe própria.

Em 2018, a STR (hoje AlphaTauri) foi a primeira a ter os motores japoneses; no ano seguinte foi a vez da RBR, com a qual conquistou seis vitórias nas últimas duas temporadas, sendo cinco com Max Verstappen e uma com Pierre Gasly pela Aphatauri, no GP da Itália de 2020.

Em 2021, a companhia produziu uma máquina capaz de enfrentar a poderosa Mercedes. Após 15 etapas na temporada, o motor ajudou a equipe a vencer oito corridas, sendo sete de Verstappen e uma de Pérez.

Globo Esporte

Comentários