Ex-CEO da ginástica dos EUA procurou o FBI para "proteger a imagem" da Federação

(Foto: Reprodução)


O caso de abuso sexual dentro da Federação de Ginástica dos EUA (USA Gymnastics), cometido pelo ex-médico Larry Nassar, condenado a mais de 300 anos de prisão, fica cada vez mais grave ao ser revelado um grande esquema da alta cúpula da organização para proteger o abusador.

Ex-CEO da USA Gymnastics, Steve Penny também foi preso sob a alegação de ter destruído ou ocultado provas no escândalo de abuso sexual de Larry Nassar. Agora, novas investigações relatam que o dirigente teria buscado uma "aproximação" com o escritório do FBI em Indianápolis para tentar "proteger" a imagem da Federação Americana de Ginástica.

Nesta estratégia, estariam e-mails de Penny ao agente Jay Abbott com uma oferta para que o policial assumisse o cargo de chefe de segurança do Comitê Olímpico dos EUA.

A advogada de Steve Penny, Edith R. Matthai, confirmou as conversas do ex-CEO com o agente do FBI, porém negou o conflito de interesses.

- O Sr. Penny disse ao Sr. Abbott que o chefe de segurança do Comitê Olímpico dos EUA estaria se aposentando e que o Sr. Abbott poderia estar interessado no cargo após se aposentar do FBI. Não havia promesse de emprego e nem o Sr. Penny tinha a capacidade de contratar o Sr. Abbott para esse cargo. Não houve conflito de interesses - disse a advogada em nota enviada ao jornal "The New York Times".

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando o caso, de acordo com duas testemunhas que preferiram não se identificar. Steve Penny deixou o comando da USA Gymnastics em março de 2017 quando o escândalo dos abusos de Larry Nassar veio à tona. Kerry Perry assumiu o posto, mas não resistiu à pressão por não combater de modo eficiente as irregularidades da federação e foi afastada. Mary Bono passou ao comando interino, mas renunicou na quarta-feira, após apenas quatro dias no cargo, por causa da pressão das ginastas.

Globo Esporte

Comentários