Klopp e Guardiola são contra jogos com portões fechados: "Sem torcida não faz sentido"

(Foto: Reuters)


Dois dos maiores treinadores da atualidade, Jürgen Klopp, do Liverpool, e Pep Guardiola, do Manchester City, concederam entrevistas coletivas nesta terça-feira. E foram perguntados sobre o assunto do momento na Europa: a epidemia do novo coronavírus.

Diversas ligas europeias tomaram a decisão de realizar jogos com portões fechados – inclusive duas partidas desta semana das oitavas de final da Liga dos Campeões vão acontecer sem torcedores (Valencia x Atalanta e Paris Saint-Germain x Borussia Dortmund).

Na semana que vem, Barcelona x Napoli também será vazio, e Juventus x Lyon, por ser na Itália, país europeu mais afetado, corre o risco de não acontecer.

Guardiola posicionou-se contra tais medidas por entender que a torcida faz parte do espetáculo, apesar de os jogos na Inglaterra ainda estarem liberados para o público – o City recebe o Arsenal nesta quarta em jogo adiado do Campeonato Inglês.

- O futebol funciona sem torcedores? Se as pessoas não podem vir não faz sentido. Vamos seguir o que temos que fazer, mas eu não gostaria de fazer isso com as pessoas. Estamos conscientes disso porque já aconteceu na Itália. A liga está suspensa e na Espanha as próximas duas semanas serão de portões fechados. Isso vai acontecer aqui. A tendência aumenta no mesmo nível da Itália antes e na Espanha agora.

- A outra questão que você deve perguntar é: é pior jogar futebol sem os torcedores? Nós fazemos nosso trabalho para as pessoas e, se elas não podem nos assistir, não faz sentido. Eu não gostaria de jogar na Premier League, na Liga dos Campeões ou nas Copas sem torcedores. Mas vamos seguir as instruções do governo – completou Pep.

Klopp, que falou na véspera de Liverpool x Atlético de Madrid, pela Champions, reconheceu que “há coisas mais importantes que o futebol”.

- Não é sobre mim como treinador, é sobre ser um ser-humano. Algumas coisas são mais importantes que o futebol e percebemos isso neste momento. Precisamos de tempo para encontrar uma solução. Não sei quanto será suficiente.

- O que quer que seja decidido, respeitaremos, pois todos temos famílias. Pais, filhos, amigos que queremos o bem. Está claro que vamos aceitar, mas não sei quanto faz sentido neste momento. É assim que é – disse.

Globo Esporte

Comentários