Técnico interino: apostas duvidosas para evitar um mercado caro e ultrapassado

(Foto: Reprodução/Google)

Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte


Na última semana, o Santos demitiu o técnico Levir Culpi e subiu o interino Elano para o cargo principal momentaneamente. Não há indícios de que a equipe contratará um novo treinador para 2017. O clube santista entra para um pequeno número de times que tentam aproveitar suas “crias” para vingar no campeonato e evitar o caro mercado futebolístico.

O atual exemplo é Fábio Carille, que assumiu o Corinthians na intenção de ficar por um bom tempo no cargo, enquanto a diretoria não se arriscava em procurar outro comandante. Questionado por suas escalações, foi campeão paulista, enquanto se falava de “quarta força”, e hoje lidera com folga o Campeonato Brasileiro. Mesmo com um futebol que não enche os olhos, há de se dizer que o alvinegro foi matador nos momentos decisivos.

Temos que lembrar também de Milton Cruz no São Paulo, sempre um “tapa-buracos” para as crises dos técnicos que saíam. Hoje não está mais no clube, mas é o típico exemplo de que o interino nem sempre é valorizado.

O que analiso é que o mercado dos técnicos está desvalorizado, envelhecido e pouco explorado. É raro os casos de estrangeiros no Brasil – quem dirá na seleção brasileira – e martelamos sempre nos mesmos. Algo contrário disso foi o Botafogo, que investiu em Jair Ventura, um dos mais novos no comando de times de tradição e que faz um belo trabalho no alvinegro.

Envelhecido porque são poucos que se atualizam. Um exemplo foi quando o Sport trouxe Vanderlei Luxemburgo. Todos diziam que estava ultrapassado, o treinador foi categórico em suas palavras, de que podia fazer algo a mais pelo clube, mas suas convicções duraram pouco. O treinador não conseguiu levar o time para cima da tabela, viu o trabalho desmoronar e sair pela porta dos fundos.

Existe uma necessidade do novo, de novas descobertas e de maior valorização. Hoje os clubes vivem uma crise eterna, pois a cada mal resultado, o técnico é sempre o primeiro a ser descartado. Um bom planejamento faria toda diferença, além de uma diretoria que trabalhasse pelo clube e não só pela imagem pessoal. Temo várias pessoas assim, é só dar uma boa olhada para encontrar.

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