Clubes da Premier League querem retorno parcial da torcida, mas novas regras devem barrar iniciativas

(Foto: Reprodução)

Por Redação Blog do Esporte

A Premie League se mostra confiante no retorno parcial dos torcedores para o início da temporada 2020/2021. No entanto, um pronunciamento concedido nesta quarta-feira pelo primeiro-ministro Boris Johnson deve permitir eventos públicos com grandes audiências apenas a partir de 1º de outubro. Ainda sim essa decisão poderá ser repensada.

O Reino Unido continua com medidas bastante restritivas por conta do novo coronavírus. Aglomeração com mais de seis pessoas continua proibido, mas com exceções para a prática de esportes coletivos e o ambiente escolar. A expectativa, de acordo com o Ministro da Saúde, Matt Hancock, é de que a situação volte a se normalizar antes do Natal. “Precisamos de regras super simples para que todos as conheçam. E agora elas serão rigorosamente aplicadas pela polícia. Reuniões são permitidas, mas precisam de distanciamento e não podem passar de seis pessoas”, afirmou.

Como teste para o retorno dos torcedores, Brighton e Chelsea fizeram um amistoso permitindo a entrada de 2,5 mil pessoas nas arquibancadas do Estádio Amex, cumprindo regras de distanciamento. Como informado pelo site The Athletic, dirigentes do Manchester United farão uma reunião nesta quinta-feira com autoridades locais para discutir a reabertura do Old Trafford.

A ideia dos Devils é ter 12 mil torcedores durante a partida contra o Crystal Palace, no dia 19 de setembro, e caso o teste fosse bem sucedido, a equipe aumentaria a capacidade gradualmente com o passar das semanas. Entretanto, com o pronunciamento desta quarta-feira, este teste deverá ser adiado.

Outros clubes como Arsenal, Sheffield United, Liverpool e Crystal Palace tinham projeções para retornar com torcida entre setembro e outubro, mas as expectativas ainda serão revistas.

“Temos que retomar o público o mais rápido possível, essa é a grande coisa que está faltando, econômica ou não. Precisamos dos torcedores por todos os tipos de razões e esta é a nossa prioridade número um. O aumento de casos não diminui nossas ambições, significa apenas que teremos que nos adaptar. Mostramos nos últimos meses que somos capazes de nos adaptar à situação. Vamos esperar o impacto que isso terá no programa de testes do governo. Continuaremos em diálogo com o governo”, disse o Chefe-executivo da Premier League, Richard Masters.

“Não é apenas a perda da receita dos dias de jogo. Cada partida da Premier League gera cerca de £20 milhões à economia, portanto queremos fazer nossa parte para ajudar a economia local e nacional a se recuperar. Acho que há uma percepção de que a economia da Premier League pode suportar quase tudo, mas as perdas afetam as coisas e os clubes precisaram tomar decisões muito difíceis. É por isso que precisamos nos concentrar nesses três objetivos. Todos esperamos voltar à normalidade, mas é um grande desafio seguir em frente”, conclui.

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