Veto da Juventus a Amauri traz nova polêmica em amistoso

A recusa da Juventus em liberar o atacante Amauri para defender o Brasil no amistoso do próximo dia 10 de fevereiro diante da Itália, em Londres, traz outra polêmica à partida.

O jogador foi chamado no sábado pelo técnico Dunga para ocupar o lugar de Luís Fabiano, lesionado, mas o clube de Turim já disse que não vai liberá-lo por estar fora do prazo da Fifa.

O anúncio foi feito pelo próprio presidente da Juventus, Giovanni Cobolli Cigli, após a derrota do time para o Cagliari por 3 a 2, pelo Campeonato Italiano.

"O pedido veio fora de hora. Mesmo que chegue, não liberaremos Amauri à Seleção Brasileira. Informamos ao jogador, que está ciente, embora a responsabilidade seja do clube e não dele", disse Cobolli Cigli.

O dirigente alegou que precisará de Amauri para os próximos confrontos pelo Italiano e Copa da Itália - e que a decisão foi tomada após a derrota.

Ao fazer o anúncio, a própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) antecipava o possível problema, alegando o fim do prazo para jogadores que atuam no exterior.

Nos últimos meses, Amauri tem sido cogitado para defender a seleção italiana, pois está próximo da naturalização. Como ele nunca jogou pelo Brasil, passou a ser considerado pelo técnico Marcello Lippi como futuro jogador do grupo, com boas chances de ser titular - algo que não aconteceria com Dunga.

Além disso, o vice-ministro de Exteriores italiano, Alfredo Mantica, havia pedido o cancelamento da partida em retaliação às autoridades brasileiras, que concederam asilo político ao ex-ativista de esquerda Cesare Battisti, condenado na Itália à prisão perpétua.

Mas o subsecretário da presidência do Conselho de Ministros da Itália, Rocco Crimi, disse que o caso Battisti não deve interferir na realização de um evento esportivo.

"Os assuntos políticos ou diplomáticos, por mais que sejam relevantes e significativos, não devem comprometer a realização de eventos esportivos", disse em nota.

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