Crescimento do Rúgbi no Brasil leva jovem para estágio na Nova Zelândia

(Foto: Divulgação)

Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte


Aos 13 anos, Victor Guilherme Souza Silva, mais conhecido como Feijão, teve seu primeiro contato com o Rúgbi na escolinha do São José Rúgbi, em São José dos Campos (SP). Convidado por um amigo nas férias de 2011, o jovem se identificou com o esporte e viu sua vida mudar ao ser selecionado para uma viagem a Nova Zelândia, por meio de um estágio oferecido pela Confederação Brasileira de Rúgbi.

"No começo de 2016 tive a oportunidade de treinar com a seleção juvenil e acabei ficando no time. Com isso, consegui me classificar entre os seis jovens jogadores que concorriam a uma bolsa da Confederação Brasileira para o estágio na Nova Zelândia", conta Feijão. O estágio internacional o levou para Christchurth, a maioria cidade da ilha sul do país. Mesmo com a dificuldade com o inglês, o jovem diz que a adaptação foi rápida e a experiência muito importante para a carreira.

"Esta foi a primeira vez que eu fiquei longe dos meus pais tanto tempo assim. Mas, aos poucos, eu fui aprendendo e fazendo amigos. Lá pude melhorar a minha condição corporal e me aprimorar em aspectos básicos do esporte, além de assistir os jogos do Crusaders [o time mais popular da Nova Zelândia] e aprender uma nova língua, que já tem me ajudado muito aqui no Brasil".

O projeto de Rúgbi do São José é uma parceria com o Instituto CCR, que auxilia no crescimento do esporte no Brasil, que voltou a ser olímpico em 2016, e incentiva o esporte para crianças e adolescentes.

"São diversas frentes nesse patrocínio: há projetos voltados a alunos em vulnerabilidade social, voltados a times de base e de alto rendimento e projetos que oferecem a modalidade no contraturno escolar. O patrocínio se dá por meio de leis municipais, leis de incentivo ao esporte ou por meio de apoio a CMDCAs (Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente), por exemplo", explica a Gestora do Instituto, Marina Mattaraia.

Atualmente, o projeto beneficia 2,2 mil pessoas por meio das concessionárias de rodovias do grupo CCR. Desde 2013, quando o Instituto sem fins lucrativos foi criado, o Rúgbi se tornou a principal marca do esporte para o grupo. "Nosso grande objetivo é fomentar o desenvolvimento e o acesso à modalidade nas regiões onde a empresa atua, proporcionando às comunidades a oportunidade de praticar atividades que possam trazer saúde, qualidade de vida, inclusão, entre outros fatores", diz Marina.

Para Feijão, o esporte abriu muitas portas e espera continuar trilhando seu caminho pelo Rúgbi e se profissionalizar. "O rúgbi já me trouxe muitas coisas boas e quero continuar seguindo neste caminho. Espero seguir nos campeonatos juvenis pela seleção, jogar pelo clube e me profissionalizar, fazer uma faculdade e seguir fazendo o que eu gosto. E o apoio ao clube e ao desenvolvimento de novos atletas é fundamental. Espero que a minha experiência possa inspirar novos jovens a trilhar esse caminho" completa.

Feijão em disputa no São José Rúgbi (Foto: Divulgação)

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