Conheça os nomes por trás do projeto da Superliga europeia

Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Florentino Perez, Joan Laporta, Enrique Cerezo, Andrea Agnelli, Steven Zhang, Ivan Gazidis, Stan Kroenke, Joel Glazer, John W Henry, Daniel Levy, Roman Abramovich e Ferran Soriano. (Foto: AFP)


Por Redação Blog do Esporte

Decidida a não ser realizada neste momento, a Superliga europeia se tornou um dos moldes mais fracassados nos últimos tempos na Europa e que, neste primeiro momento, não saiu do papel. Entretanto, quais são os nomes dos envolvidos neste projeto? Vamos conhecer um pouco sobre eles.

Florentino Pérez

O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, encabeça essa lista como o presidente da Superliga. De acordo com Pérez, o assunto foi falado abertamente em dezembro, durante a Assembleia Geral dos sócios do Real.

Já com o projeto divulgado, Florentino foi para a televisão falar que o projeto da Superliga iria “salvar o futebol”, que o futebol “precisa evoluir”, e que “os jovens não estão mais interessados” no jogo. A pandemia do coronavírus também seria um dos motivos para a criação do torneio.

Pérez está no comando do Real Madrid há mais de 20 anos e deve ficar no cargo até 2025. Ele é mandatário do Grupo ACS, do ramo de construção civil e líder global em infraestruturas. Seu patrimônio está avaliado em mais de US$ 2,2 bilhões.

Andrea Agnelli

Outro nome forte é de Andrea Agnelli, presidente da Juventus e vice da Superliga. Ele está no comando do clube italiano desde 2011 e segue a linhagem do avô Eduardo II. Sua família é dona de 63,8% das ações da Juve por meio da holding Exor N.V. Sua família é do setor da indústria automotiva e do futebol, sendo os fundadores da Fiat.

Agnelli era presidente da Associação Europeia de Clubes (ECA) até semana passada e participou do projeto do novo formato da Liga dos Campeões. Entretanto, renunciou ao cargo por causa do projeto da Superliga. Sua saída foi considerada uma traição pelos pares.

“Nossos 12 clubes fundadores representam bilhões de fãs em todo o mundo e 99 títulos europeus. Nos juntamos nesse momento crítico, para transformar a competição na Europa”, disse Agnelli, no comunicado de lançamento da Superliga.

Joel Glazer

Os irmãos Glazer são acionistas majoritários do Manchester United, com 74,9% das ações do clube. Os Glazer também são donos do Tampa Bay Buccaneeers, time de futebol americano e atual campeão da NFL.

Joel é vice-presidente da Superliga e um dos entusiastas do projeto. Quem fez as negociações foi Ed Woodward, vice-presidente executivo do Manchester, e que pediu demissão do cargo em meio à crise. Ele também colaborou para a “nova Champions”, enquanto fechava o acordo com a Superliga, às escondidas.

Stan Kroenke

Stan Kroenke é dono do Arsenal e também do time da NFL LA Rams. Seus bens são avaliados em US$ 8,2 bilhões. O Denver Nuggets, da NBA, é dele, mas está em nome da esposa Ann Walton. Ele é reconhecido pelo seu trabalho no setor de imóveis e franquias esportivas.

John Henry

É o dono total do Liverpool, onde controla 100% das ações. Henry também é responsável pela equipe do Boston Red Sox, equipe de beisebol, onde ele realiza o controle por meio da sua companhia, Fenway Sports Group. Quando houve manifestações dos torcedores contra a Superliga, ele saiu do grupo.

Joe Lewis

Lewis é o dono do Tottenham com 85,55% das ações por meio da companhia britânica de investimentos ENIC International Limited. Mesmo não tendo conquistado nenhuma vez a Liga do Campeões, os Spurs foram convidados para o núcleo por meio do trabalho do presidente Daniel Levy, no cargo há 20 anos, e que foi responsável por explicar a saída do clube do novo projeto.

“Nós sentimos que era importante o Tottenham participar no desenvolvimento de uma possível nova estrutura que garantisse melhor o fair play financeiro e a sustentabilidade, enquanto entregasse mais apoio para a pirâmide do futebol”, declarou Levy.

Paul Singer

Paul é o dono do Milan, com 99,93% das ações. Quem toca o dia a dia da equipe é o sul-africano Ivan Gazidis, diretor-executivo. Gazidis falou ao “Gazzetta dello Sport” que a Superliga seria um “novo capítulo na história do futebol” e que “capturaria a imaginação de bilhões de fãs”. O Milan desistiu da competição no mesmo dia de toda a crise.

Steven Zhang

Zhang é o presidente da Inter de Milão, com apenas 29 anos, e faz parte do conglomerado industrial Suning, que tem o bilionário chinês Zhang Jindong como presidente, pai de Steven.

Ainda nesta lista restam dois nomes. O russo Roman Abramovich, presidente do Chelsea, e o sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, presidente da holding Adu Dhabi United Group e dono de 77% do Manchester City.

Barcelona e Atlético de Madrid

O Barcelona é o único time, ao lado do Real, a se manter no grupo da Superliga, como foi dito nesta quinta-feira (22). O advogado Joan Laporta é o atual presidente do Barça e já esteve a frente da equipe entre 2003 e 2010. Laporta também é empresário, ex-deputado do Parlamento da Catalunha e vereador de Barcelona.

Quem intermediou a entrada do Barcelona na Superliga foi Joseph Bartolomeu, que renunciou à presidência outubro do ano passado em meio à crise histórica do clube catalão. Quem assinou o contrato da Superliga foi Laporta.

Do lado do Atlético de Madrid temos Miguel Ángel Gil Marin. Ele é executivo de futebol, criador de gado e é CEO do clube desde 1993. Ele chegou a ser condenado em 2004 por fraude durante o processo de transformação do clube em sociedade anônima, mas não teve de cumprir pena na prisão. O presidente do Atlético Enrique Cerezo, que controla 15% do capital da instituição.

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