Alfinetadas: Diretoria do Corinthians não entende de futebol

(Foto: Reprodução)


A negociação da venda de Alexandre Pato para o futebol espanhol deixou claro que a atual diretoria do Corinthians herdou um costume muito ruim da maioria dos dirigentes de clubes brasileiros: o fracasso nas negociações no mercado futebolístico.

A chegada de Pato ao Parque São Jorge, na época, foi vista com bons olhos por alguns e com dúvidas por outros. Pato chegou para ser um possível destaque no ataque e se tornar um novo ídolo corintiano. Não foi isso que aconteceu. Pato causou alvoroços na diretoria, que não estava satisfeita que uma contratação “tão importante” tinha fracassado logo na chegada. Então foi emprestado ao São Paulo.

Além disso, o alvinegro acumulou outros fracassos como a chegada de André – que não era aquelas coisas no Atlético Mineiro, já vinha dando problema, mas mesmo assim foi contratado – e a debandada do começo do ano, que não foi reposta a altura. O Corinthians soube vender, mas não soube comprar.

Outra coisa importante não só dessa diretoria, mas de outros comandos, é a não-valorização das categorias de base. Mais uma vez o time da Copa São Paulo foi destaque, mas quase nenhum jogador foi aproveitado. Maycon jogou algumas partidas e foi emprestado. Arana também subiu ao profissional, mas está encostado, e do restante do grupo não se houve falar. Com tantos jogadores de qualidade e que poderiam muito bem estar no time titular, o Corinthians perde seu tempo com contratações como André, Rodriguinho e Guilherme.

O clube está nessa atual situação por “méritos” da diretoria, que não sabe analisar o mercado e não valoriza os pratas da casa. Não é a toa que o time sofreu para empatar com o Figueirense em casa (sem tirar os méritos do Figueira). A má fase (porque os bons resultados dos últimos jogos não escondem a incompetência) só deve acabar quando os dirigentes souberem valorizar o clube, souberem contratar e aproveitar o que tem nas mãos. Entretanto, isso há muitos anos não acontece. Tite tinha talento, Cristóvão sofre para achar seu espaço. 

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