Lochte perde mais dois patrocínios após mentira sobre assalto no Rio

(Foto: Matt Hazlett/Getty Images)


O nadador Ryan Lochte teve novas notícias ruins envolvendo seus patrocinadores pessoais. Após a Speedo e a Ralph Loren terem cancelado seus contratos, duas outras empresas seguiram o mesmo caminho: a Airweave e a Syneron Candela.

A decisão de encerramento de contrato acontece após o atleta norte-americano mentir às autoridades brasileiras a ocorrência de um assalto no Rio de Janeiro. Dias depois da versão de que teria sido ameaçado por um assaltante com um revólver, a polícia concluiu que não houve assalto.

Em nota oficial, a Airweave justificou a razão pelo cancelamento do contrato com Lochte.

"Depois de avaliarmos com calma, tomamos a decisão de terminar nossa parceria com Ryan Lochte. Seguimos empenhados em apoiar o Time EUA e os atletas que estão se preparando para a Paralimpíada".

Já a Syneron Candela informa que a parceria com o nadador vigora até a Olimpíada e que não será renovado.

A Speedo, empresa de materiais de natação, e a Ralph Lauren, de artigos de luxo, anunciaram o fim da parceria na segunda-feira (22).

"Nós tivemos uma relação vencedora com Ryan por mais de uma década e ele tem sido um membro importante da equipe Speedo, mas não podemos concordar com comportamentos que são contrários aos valores que esta marca representa há muito tempo", disse a fabricante de material esportivo em comunicado oficial.

A empresa também anunciou que vai doar US$ 50 mil (cerca de R$ 160 mil) do dinheiro que seria destinado a Lochte para a instituição de caridade Save The Children. Segundo o comunicado, o montante será revertido para crianças brasileiras.

Já o fim do vínculo com a Ralph Lauren foi noticiado pela agência Reuters.

Lochte se envolveu em uma das maiores polêmicas da Olimpíada ao afirmar que sofreu um assalto ao lado de outros três nadadores americanos. Segundo a versão inicial do nadador, os quatro foram parados por assaltantes se passando por policiais na rua, em uma "falsa blitz", enquanto voltavam de táxi para a Vila Olímpica durante a madrugada.

Investigações, porém, mostraram que a história de Lochte era repleta de inconsistências. O nadador posteriormente admitiu que o incidente aconteceu em um posto de gasolina, e que na verdade um segurança apontou uma arma aos nadadores para cobrar dinheiro por danos à porta do banheiro do posto, que foi vandalizada por um dos atletas. Lochte pediu desculpas pelo ocorrido e disse que "exagerou" a história.

UOL Esporte

Comentários