Polícia conclui que nadadores dos EUA mentiram sobre assalto no Rio de Janeiro

(Foto: Michael Sohn/AP Photo)

Por Redação Blog do Esporte


A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nesta quinta-feira (18) que o caso envolvendo os atletas norte-americanos Ryan Lochte e James Feigen, que disseram que foram assaltados no Rio, não passou de uma confusão. Seguranças do posto de gasolina deram depoimento nesta quinta e informaram que os atletas começaram uma confusão no banheiro do posto e precisaram ser contidos pelos seguranças.

Outra evidência que ajudou no inquérito do caso foi a revelação de um vídeo, também entregue a polícia nesta quinta, que mostra um dos atletas sendo contido por seguranças e iniciando uma briga após tentar invadir o banheiro de um posto na Avenida Armando Lomabardi, na Barra.

O caso

Os dois nadadores citados acima deram declarações para a imprensa internacional de que sofreram um suposto assalto após saírem de uma festa na Casa França no último domingo. Lochte também informou que os supostos assaltantes apresentaram distintivos, obrigaram os atletas a deitarem no chão e levaram dinheiro e carteira, mas deixaram credencial e celular, o que os investigadores estranharam. A notícia repercutiu mundialmente e para alguns atletas brasileiros o episódio manchou a organização do Brasil nos Jogos.

Entretanto, os investigadores do caso perceberam contradições nos depoimentos de Lotche e Feigen e começaram a trabalhar na hipótese de falsa comunicação de crime por partes dos nadadores. Outro fator importante para a contradição foi o horário do suposto assalto. Câmeras de segurança da Casa França mostram que os atletas saíram da festa às 5h45, mas os nadadores informaram à polícia que o roubo aconteceu por volta das 4h.

A Justiça, então, mandou apreender o passaporte de Lochte e Feigen, para que não deixassem o país, mas Lochte já tinha retornado aos EUA. Outros dois atletas que configuravam como testemunhas, Bentz e Conger, estavam embarcando para os EUA, mas foram retirados do avião pela Polícia Federal e levados para a delegacia para prestar depoimento, onde os dois não deram maiores informações sobre o suposto assalto.

O inquérito deverá ser concluído até no final do dia, mas a polícia deverá enviar um ofício para o FBI para que Lochte possa responder algumas questões por meio de uma carta. Os outros três atletas continuam detidos no Brasil e seus passaportes apreendidos.

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