Instituto contratado por comitê das Olimpíadas de Tóquio encerra atividades após denúncia contra ex-Primeiro-Ministro

(Foto: Getty Images)


Alvo de denúncia e contratado pelo comitê de candidatura olímpica de Tóquio, um instituto esportivo japonês sem fins lucrativos encerrou suas atividades no fim do ano passado sem prestar esclarecimentos. O Jigoro Kano Memorial International Sport Institute virou alvo ao receber US$ 1,3 milhão (cerca de R$ 7,1 milhões) e ser presidido pelo ex-Primeiro-Ministro do Japão, Yoshiro Mori. As informações são da agência de notícias “Reuters”.

O instituto anunciou o fim de suas atividades em seu site, no fim de dezembro. No ano passado, a "Reuters" denunciou que a entidade tinha Mori como presidente. Em novembro, o ex-premiê, que hoje chefia o Comitê Organizador dos Jogos, disse que não estava diretamente envolvido nas finanças da organização sem fins lucrativos e afirmou não saber sobre o dinheiro que o instituto recebeu com a licitação.

- É verdade que sou o presidente dessa organização, mas não estive diretamente envolvido na administração das finanças – afirmou Mori.

O governo metropolitano de Tóquio, que faz parte do conselho do instituto, disse à “Reuters” que não foi notificado sobre o fechamento da organização, nem sobre quaisquer mudanças nas atividades do grupo.

O comitê de candidatura de Tóquio pagou ao instituto US $ 1,3 milhão entre 2012 e 2014, quando Tóquio fez lobby para vencer os Jogos de 2020. Um membro da equipe do instituto disse à “Reuters” no ano passado que o dinheiro foi usado para contratar uma empresa de consultoria com sede nos EUA e dois consultores individuais para apoiar a candidatura.

Investigadores franceses examinaram registros bancários e transações do comitê de candidatura de Tóquio como parte de uma investigação em andamento para saber se US$ 2,3 milhões (cerca de R$ 12,5 milhões) pagos a um consultor de Cingapura eram suborno para obter o apoio de um membro importante do Comitê Olímpico Internacional.

Globo Esporte

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