PSG registra perda de quase €100 milhões com a pandemia na última temporada, aponta estudo

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A consultoria KPMG divulgou nesta segunda-feira um estudo sobre a performance financeira na temporada passada dos seis campeões das principais ligas da Europa: Juventus, Paris Saint-Germain, Bayern de Munique, Liverpool e Real Madrid. O levantamento traz detalhes dos impactos da pandemia do novo coronavírus nas finanças dos clubes.

Todos os seis campeões sofreram queda nas receitas operacionais. Para Juventus, PSG e Porto, a redução foi acima de 10%. Já Bayern, Liverpool e Real Madrid conseguiram amenizar o impacto graças ao aumento da renda comercial. Os gigantes alemão e espanhol foram exceções no futebol, ao anotarem lucros líquidos em 2019/20.

O clube com a maior queda percentual na receita anual foi o Porto (-50%), principalmente por causa da eliminação precoce da Champions League. O que mais perdeu dinheiro no total foi o Paris Saint-Germain: 95,4 milhões de euros. Já o menos impactado foi o Bayern de Munique: diminuição de 3%, ou 18,3 milhões de euros. As principais conclusões do estudo da KPMG foram:

O Real Madrid foi o campeão com a maior receita registrada entre os clubes analisados: 681,2 milhões de euros.

O PSG teve prejuízo líquido de 125,8 milhões de euros, o mais alto de todos. Consequência do cancelamento da liga.

O clube que mais perdeu dinheiro de "matchday" (dia de jogo) foi o Real Madrid: 34,9 milhões de euros.

A renda com direitos de transmissão caiu para todos, dada a redução ou adiamento de jogos das ligas e dos torneios europeus.

Bayern de Munique e Real Madrid foram os únicos a registrar lucro líquido: 5,9 milhões de euros e 300 mil euros, respectivamente.

- A crise do coronavírus levantou a questão sobre a sustentabilidade financeira do ecossistema do futebol como um todo, e expôs a sua fragilidade. Até mesmo antes da pandemia, salários inflacionados, combinados com crescentes taxas de transferências e percentuais de agentes, colocavam uma pressão significativa sobre as finanças dos clubes. A crise ampliou as falhas do modelo de negócio – disse Andrea Sartori, chefe global da área de esportes da KPMG e autor do relatório.

Globo Esporte

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