O que deve mudar no cronograma olímpico para Paris 2024?

(Foto: Reprodução)


Por Redação Blog do Esporte


Parece cedo demais para pensarmos em Paris 2024, mas o próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) já fala nas mudanças e até já anunciou algumas delas. A principal delas é a saída e entrada de modalidades.

O site Surto Olímpico fez um levantamento bem interessante sobre o assunto e vamos resumir algumas informações aqui no Blog do Esporte.

Principal mudança

A mudança mais significativa é a saída do Caratê, que entra e sai do cronograma olímpico. A modalidade esteve em Tóquio pela escolha do Comitê Olímpico Local. Mesmo com um ouro para a França em Tóquio, o Comitê Organizador de Paris 2024 optou por não escolher este esporte para fazer parte da festa.

Por outro lado, o presidente da Federação Mundial de Caratê (WKF) espera que o esporte esteja novamente nas Olímpiadas em Los Angeles 2028.

(Foto: Reprodução)

Outras saídas do cronograma é o Beisebol e o Softbol que, mesmo sendo esportes diferentes, foram tratados como um só em Tóquio. Um dos motivos para a junção foi o grande número de atletas que seriam adicionados ao já sobrecarregado programa olímpico. Apenas seis nações competiram em território japonês em ambas as modalidades.

Além disso, outro motivo para a junção desses esportes foi a questão de equidade de gêneros. Assim, o beisebol ficou para os homens, e as mulheres competiram no softbol.

Breaking

Para Paris 2024, teremos a novidade do Breaking, que foi um sucesso nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2018, em Buenos Aires, na Argentina. A modalidade fará a sua estreia no evento principal em meio a muita controvérsia entre a comunidade olímpica quanto à inclusão deste esporte.

(Foto: Reprodução)

A marca de energéticos Red Bull é uma das maiores incentivadoras do esporte, além de ter criado o Red Bull BC One.

O evento foi uma das primeiras competições oficiais da modalidade, e fez com que esta dança se tornasse ainda mais reconhecida. Desde então, a marca organiza uma competição todos os anos para os B-Boys, e desde 2018 também para as B-Girls (Como são chamados os praticantes desta modalidade). O Brasil, inclusive, já sediou este evento por algumas ocasiões e até mesmo faturou o título.

Outras mudanças

Alguns esportes, por outro lado, sofreram mudanças leves, mas que vão impactar nas disputas. Confira:

Nado artístico

Passará de 104 vagas para 96. Sendo assim, o país-sede poderá não ter mais a vaga assegurada por equipes. Será necessário esperar a divulgação dos sistemas qualificatórios para ter certeza.

Maratona aquática

De 25 nadadores para 22, em ambos os sexos.

Ciclismo BMX Freestyle

Aumentará de nove para 12, em ambos os gêneros.

Ciclismo de estrada

Redução de 197 para 190 participantes, com boa redução no masculino. Serão 90 atletas para cada lado.

Ciclismo de Pista

95 atletas para ambos os gêneros.

Ginástica Rítmica

Saindo de 96, para 94 em Paris.

Ginástica Artística

Saindo de 196 para 192 atletas.

(Foto: Reprodução)

Judô

Redução de 396 para 372 vagas.

Remo

Redução de 526 para 502 remadores.

Skate

Com o sucesso em Tóquio, o Skate saltou para 88 atletas para Paris. 22 em cada disputa.

Surfe

A curiosidade da modalidade é que, em Paris, a disputa será bem longe da Europa. O surfe será em Teahupoo, no taiti. Serão mais 4 vagas, duas para caga gênero.

Boxe

278 em Tóquio para 252 na França. Mudanças também nos eventos olímpicos.

Atletismo

Redução de 1900 para 1810. A novidade é a saída da marcha atlética de 50km para um evento novo, o revezamento misto de marcha atlética.

Vela

A modalidade teve bastantes mudanças, principalmente para que o esporte ficasse com mais velocidade e atraísse mais os olhares dos jovens.

(Foto: Reprodução)

O IQ Foil, considerado o futuro dos bancos, substituirá as provas de RSx masculina e feminina.

A classe 470 será disputada de forma mista, entre homens e mulheres. Ainda existem algumas indefinições de quais serão as posições de cada membro na nova prova deste barco em Jogos Olímpicos.

A classe Finn não fará parte de Paris. A classe era disputada apenas por homens, e até por isso ela foi retirada do programa olímpico.

Outra grande novidade será a entrada do Kitesurf para o programa olímpico. Inicialmente, havia uma discussão para que este evento fosse misto nos Jogos franceses. Porém, a decisão final foi para a inclusão de eventos masculinos e femininos.

Pentatlo Moderno

A modalidade será pensada de uma outra maneira para Paris, por ter um grande problema de acompanhamento, por parte do público, de seus eventos. Pensando nisso, a UIPM (Federação Internacional de Pentatlo Moderno) está desenvolvendo um novo formato de competições, que já foi aprovado para os próximos Jogos Olímpicos.

Levantamento de peso

Uma incógnita. É dito que a modalidade passará por muitas mudanças, mas até se cogitou a saída da mesma do cronograma olímpico. Resta saber como ficará.

Escalada esportiva

Mais um esporte que fez a sua estreia em Olimpíadas no Japão e que terá mudanças para a próxima edição. No caso da escalada, as mudanças são positivas. Ao invés da prova combinada entre as três modalidades da escalada: boulder, lead e speed; em Paris teremos uma prova combinada entre o Lead e o Boulder, e um evento exclusivo para o speed.

Esta mudança agrada a comunidade da escalada, que contestou muito a junção das três modalidades para as disputas em Tóquio. Assim, o número total de escaladores sairá dos 40, no Japão, para 68, na França.

Tiro Esportivo

O tiro esportivo também terá uma redução no número de participantes, serão 40 atiradores a menos, do que em Tóquio, onde tivemos 360 atletas. Além disso, uma das provas mistas de Tóquio, será substituída.

A prova da fossa olímpica mista, que garantiu a primeira medalha de prata da história de San Marino em Jogos Olímpicos, sairá do programa. No lugar dela, entra a prova do skeet misto.

Canoagem de Velocidade

A canoagem de velocidade também terá uma redução em número de atletas. Ao todo, serão 236 canoístas em Paris, doze a menos que em Tóquio. Outras mudanças foram a retirada das provas do K1 200m para homens e mulheres, totalizando dez eventos para esta modalidade. E a alteração da prova do C2 masculino, que foi disputada na distância de 1000m. Em Paris, a prova será de 500m.

Canoagem Slalom

A canoagem slalom não terá nenhuma alteração no seu número de participantes para os próximos Jogos. Porém, o esporte ganhará mais uma modalidade de competições, a canoagem slalom extreme. Essa prova simula uma corrida com obstáculos nas corredeiras.

A adição desta prova é uma ótima notícia para o Brasil, que já teve a brasileira Ana Sátila como campeã mundial em 2018, e o brasileiro Pepê Gonçalves medalhista de bronze no Mundial de 2019. Ambos foram os nossos representantes nas disputas dos eventos tradicionais da canoagem slalom em Tóquio.

Comentários