"Queremos reescrever os livros de história", diz técnico do Marrocos, que vê Brasil como melhor da Copa

(Foto: Reprodução)


Marrocos já está eternizada como a única seleção africana a chegar em uma semifinal de Copa do Mundo, mas tem ambições ainda maiores. Em entrevista coletiva nessa terça-feira, véspera do duelo contra a França, o técnico Walid Regragui disse que seus comandados estão "famintos" e falou em reescrever os livros de história.

O treinador marroquino ainda apontou a seleção brasileira, eliminada nas quartas de final pela Croácia, como a melhor da Copa:

– Quando você chega à semifinal da Copa e não está faminto, há algum problema. O melhor time dessa Copa foi eliminado, o Brasil. Somos um time ambicioso, estamos famintos.

– Estamos confiantes, queremos reescrever os livros de historia e colocar a África no topo do mundo. Não somos os favoritos, pode me chamar de louco, tudo bem, mas um pouco de loucura é bom.

Embora tenha pregado respeito à França, Walid Regragui disse que é preciso sonhar ainda mais alto:

– Vamos tentar tirar essa mentalidade. Chegamos com ambição e mudar o "mindset" do continente. Se estivermos felizes só de chegar? Não, não é suficiente. Chegamos aqui, temos de dar tudo. Estado de espírito é esse. Rival é forte, estará pronto, nos respeitam. Derrotamos equipes fortes. Estamos aqui, provamos nosso valor. Mais perto da final, mais perto dos nossos sonhos.

Até o momento, Marrocos sofreu apenas um gol, ainda na fase de grupos, na vitória por 2 a 1 sobre o Canadá. A seleção passou em primeiro lugar de um grupo que ainda tinha Croácia e Bélgica e eliminou Espanha, nas oitavas, e Portugal, nas quartas.

– Queremos progredir ainda mais nesse torneio. Estamos confiantes. Queremos ir além nesse torneio. Desde o começo do torneio pensam que a gente está cansado, mas não se pode estar cansado na semifinal da Copa. Ainda estamos famintos – declarou Walid Regragui.

Diante da França de Deschamps, Regragui disse que não mudará seu estilo de jogo, apesar de ser criticado pelo baixo índice de posse de bola, e que acredita conseguir contrair as expectativas mais uma vez.

– Sei que europeus não gostam do nosso estilo, estão nos criticando. Queremos ganhar pela África e por países que estão desenvolvendo seu futebol, podemos mostrar que não há só uma forma de vencer. Eu não ligo para expectativa de gols, posse de bola... diziam que tínhamos 1% de chance de ganhar a Copa, agora temos 3% talvez. Ah, 12% de chance de vencer? Queremos ter mais do que isso amanhã.

Marrocos e França entram em campo às 16h (de Brasília) nesta quarta-feira, no estádio Al Bayt. Quem passar, garantirá vaga na final da Copa do Mundo e enfrentará o vencedor de Argentina x Croácia que se enfrentam nesta terça.

Globo Esporte

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