Bolt não vê problema em devolver ouro olímpico, mas admite dor no coração

(Foto: AP Photo/Collin Reid)


Usain Bolt se manifestou pela primeira vez desde que surgiram as notícias do doping de Nesta Carter, seu companheiro na conquista do ouro do revezamento 4x100 m na Olimpíada de Pequim-2008 e afirmou que não vê problemas em devolver a medalha caso ela seja mesmo cassada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). o órgão internacional ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso que já foi noticiado por jornais jamaicanos e agências de notícias.

"As coisas acontecem na vida. Se for confirmado (o doping) ou o que for, e eu precisar devolver a minha medalha, não seria um problema para mim", afirmou o velocista ao jornal jamaicano Jamaica Gleaner.

"Claro que dói no coração porque por anos você trabalhou duros para acumular medalhas de ouro e ser um campeão, então machuca o coração. Mas acontece", disse Bolt.

Apesar de não haver confirmação oficial, tudo indica que Carter foi flagrado com um estimulante na retestagem das amostras de Pequim-2008 e que a contraprrova também apresentou a presença da substância methylhexanamina.

"Deve ser difícil. Eu não posso dizer o que ele (Carter) está pensando, mas deve ser duro e frustrante. Não estou muito feliz com esta situação. Penso que é um duro golpe para o atletismo, mas acontece", afirmou Bolt.

As declarações foram dadas em Kingston após o velocista ganhar um meeting internacional com a segunda melhor marca do ano nos 100 m rasos: 9s88. Ele só fica atrás do francês Jimmy Vicaut, que tem 9s86.

Quanto ao doping, caso a Jamaica seja mesmo punida, o Brasil herdara o bronze, pois acabou em quarto naquela prova de 2008. O ouro seria de Trinidad e Tobago e a prata do Japão.

UOL Esporte

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