TJD-SP volta a rejeitar impugnação da final do Campeonato Paulista em julgamento de recurso do Palmeiras

(Foto: Reprodução)

O Palmeiras sofreu mais uma derrota na tentativa de impugnar a decisão do Campeonato Paulista de 2018, contra o Corinthians. Por cinco votos a um, o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo rejeitou o recurso do clube e decidiu manter o resultado da final, vencida pelos corintianos. O caso está encerrado na esfera estadual.

A negativa, porém, não interrompe a briga do Palmeiras nos bastidores. O clube promete recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. O Verdão acredita ter provas que mostram que o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza voltou atrás na marcação da penalidade de Ralf em Dudu após contato externo.

Assim como aconteceu na primeira decisão do presidente do TJD, Antonio Olim, o pleno reforçou que o Palmeiras perdeu o prazo para o pedido de impugnação. De acordo com o Tribunal, o período prescreveu em 10 de abril, e o clube só deu entrada em 25 de abril.

Relembre o caso

Para tentar provar interferência externa na anulação da marcação do pênalti de Ralf em Dudu, no segundo tempo da final vencida pelos corintianos, a diretoria do Palmeiras contratou uma empresa de investigação. Depois disso, o clube protocolou no TJD um documento de cerca de 100 páginas com o pedido de impugnação da partida.

Os alviverdes questionam a atuação de Dionísio Roberto Domingos, diretor de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, e de Márcio Verri Brandão, membro da equipe de arbitragem da entidade paulista, dentro de campo no momento da marcação da penalidade e da confusão que parou o jogo por cerca de oito minutos até o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza voltar atrás na decisão e optar pela marcação de escanteio.

O procurador Marcelo Monteiro, do TJD, determinou o arquivamento do caso em 23 de abril com base nos depoimentos da equipe de arbitragem. A reclamação palmeirense é que as imagens protocoladas pelo clube não foram analisadas.

No dia 9 de maio, o Palmeiras entrou no STJD com uma ação chamada "mandado de segurança" para que o órgão obrigue o TJD a analisar o mérito do caso ao mesmo tempo que o clube entrou com recurso Tribunal paulista contestando a decisão de Olim alegando que o prazo havia sido expirado.

No dia 17 de maio, o STJD indeferiu o pedido do clube por entender que cabe ao órgão regional analisar o recurso e por isso não julgou o mérito do caso, e sim o procedimento processual adotado.

Desde a final do Campeonato Paulista, Palmeiras e FPF vivem momentos turbulentos nos bastidores. O clube rompeu com a entidade e não mandou representantes para a festa de encerramento do torneio. Durante o período, o TJD puniu o presidente Maurício Galiotte e o diretor jurídico Alexandre Zanotta por críticas ao torneio e ao Tribunal.

Na semana passada, Galiotte e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, estiveram no mesmo voo que levou dirigentes para o Paraguai para o sorteio das oitavas de final da Conmebol. No hotel localizado na cidade de Luque, ambos evitaram contato quando frequentaram o mesmo ambiente.

Globo Esporte

Comentários