Atrás do bi: com gol de Umtiti, França bate a Bélgica e avança à final

(Foto: REUTERS/Toru Hanai)


A França está na final da Copa do Mundo pela terceira vez em sua história. Dona de um título (1998) e um vice (2006), a seleção francesa bateu a Bélgica por 1 a 0 nesta terça-feira, em São Petersburgo, e agora espera o vencedor de Croácia e Inglaterra, que se enfrentam nesta quarta, em Moscou. A final será no domingo, às 12h de Brasília, no estádio de Lujniki, em Moscou. A decisão do terceiro lugar será no sábado, às 11h, em São Petersburgo. Umtiti fez o gol da classificação francesa, lembrando outro defensor, Thuram, responsável pelos dois gols da França na semifinal de 1998, contra a Croácia. Umtiti foi eleito o melhor em campo na votação da Fifa.

Só Harry Kane esteve envolvido em mais gols (seis) do que Griezmann, com três gols e duas assistências até o momento, de acordo com o MisterChip. Vale ressaltar que 72 dos 158 gols (46%) da Copa saíram em jogadas de bola parada.

Os algozes do Brasil caíram pela segunda vez na semifinal da Copa. A primeira havia sido em 1986. Os Diabos Vermelhos continuam sem chegar a uma decisão de Mundial.

A imprensa europeia achava que jogaria Vermaelen. E a escalação mostrou... Dembélé. Roberto Martínez surpreendeu ao escolher o substituto do ala direito Meunier, suspenso, e gerou uma hora de especulações das mais variadas sobre como jogaria a Bélgica: com três zagueiros e Dembélé na direita; com três zagueiros e Chadli na direita; com, como sugeriu a escalação da Fifa, De Bruyne na ala esquerda (!). O jogo mostrou que, com a bola, a Bélgica atacou num híbrido de 3-4-3 e 3-6-1 e, sem ela, defendeu num 4-2-3-1 (segurando Chadli como lateral). Houve momentos em que os volantes se descolaram da marcação: Witsel virou meia, e Fellaini apareceu na área, feito centroavante. Muita mobilidade, muitas variações – e alguns nós nas cabeças dos analistas. No final, prevaleceu a força da bola aérea num escanteio. O gol de Umtiti foi o 72º (de 158 na Copa) num de lance de bola parada neste Mundial da Rússia (46% do total).

Não foram necessários gols para que França e Bélgica fizessem um excelente primeiro tempo em São Petersburgo. As duas seleções investiram em um duelo firmado em muita estratégia, tentando amortecer as qualidades do adversário e fazer valer seu jogo. A Bélgica deu sinais de domínio, controlou mais a bola e teve as chegadas mais perigosas na metade inicial do período (especialmente em conclusão de Alderweireld, muito bem defendida por Lloris, e em chute colocado de Hazard, rente à trave). Mas a França cresceu aos poucos, mostrou mais objetividade no ataque e poderia ter aberto o placar com Pavard, que recebeu linda assistência de Mbappé e tentou desviar de Courtois – mas o goleiro de 1,99m salvou com o pé.

A França voltou bem do intervalo e alcançou o gol aos 5 do segundo tempo. Griezmann bateu escanteio, e o zagueiro Umtiti se antecipou a Fellaini e mandou para o fundo do gol. Os franceses tomavam as rédeas da partida e obrigavam os belgas a se abrirem, dando espaços para jogadores como Mbappé, dono de lance lindo, com um giro de costas, para Giroud perder o gol – mais uma vez. A necessidade fez a Bélgica ter ainda mais a bola, mas sem saber muito bem o que fazer com ela. Cabeceio de Fellaini e chute de Witsel levaram perigo a uma França muito estável, muito segura, capaz de segurar a vantagem até o apito final e eliminar o talentoso time belga.

Com a classificação da França, Didier Deschamps terá a chance de se tornar o terceiro homem a vencer Copas do Mundo como técnico e jogador. Os outros dois são Zagallo, pelo Brasil (1958/62 como jogador e 70 como técnico ) e Franz Beckenbauer, pela Alemanha (1974 como jogador e 1990 como técnico). Na foto abaixo, ele cumprimenta Henry, seu colega de time na conquista de 1998 e que foi auxiliar técnico da Bélgica no jogo desta terça. CLIQUE AQUI e veja como foi a entrevista de Deschamps.

Kylian Mbappé voltou a assombrar adversários nesta terça-feira. Desta vez, a vítima foi a Bélgica. Aos 11 minutos do segundo tempo, o atacante de 19 anos dominou a bola com a perna direita, girou o corpo e, com a esquerda, de costas, deixou Giroud em condições de marcar – mas o centroavante não fez.

Globo Esporte

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