Ponto de Opinião: Ativista, Hamilton começa a questionar F1 por sua elitização

(Foto: Reprodução)

Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte


Não é de hoje que acompanhamos a carreira vitoriosa de Lewis Hamilton na Fórmula 1. Desde que chegou à categoria, em 2007, Hamilton se mostra um piloto preocupado com questões sociais, principalmente sobre a elitização da F1.

Hamilton se tornou o primeiro negro a competir na categoria. De início, muitos não apostavam em seu sucesso na categoria. Após conquistar o primeiro título, um ano após entrar na categoria (venceu o mundial em 2008 pela McLaren), o piloto mostrou ao que veio. Passou um tempo longe dos títulos e questionou muito as decisões da McLaren nas pistas. Em 2013 foi para a Mercedes e, em 2014, levou o primeiro título pela equipe. Depois disso, não parou mais de subir ao lugar mais alto da categoria, levando títulos em 2015, 2017, 2018 e 2019.

Por mais que Hamilton seja um multicampeão, as vezes questionado, mas talentoso, o mesmo se mostra preocupado com causas sociais. Defende veemente o fim do preconceito racial, é adepto do veganismo, da preservação do meio ambiente e defende a inclusão de mulheres e negros no automobilismo.

Com a morte de George Foyd nos Estados Unidos, Hamilton se mostrou muito preocupado com as questões raciais, fosse no mundo todo, fosse na Fórmula 1. No último domingo (5), onde ocorreu a primeira prova de 2020 da categoria depois da pausa devido a pandemia do coronavírus, Hamilton fez uma homenagem aos negros, se ajoelhando em frente ao pódio improvisado na pista do circuito da Áustria.

(Foto: Reprodução)

Por mais que Hamilton seja um grande ativista, seus protestos atuais mexem diretamente com o funcionamento da F1. Com a categoria mais “americanizada”, já que agora pertence ao um grupo dos Estados Unidos, Hamilton espera que a categoria seja mais inclusiva e mais adepta a mudanças. Ao menos, aceitar que homens negros e mulheres tenham chances iguais dentro do automobilismo mundial é um início dessas causas dentro das pistas.

Por enquanto, não há um posicionamento oficial da organização da categoria sobre os protestos, mas, em um primeiro momento, eles estão sendo aceitos, tal relevância possui Hamilton na atual conjuntura da F1. Vamos ver se esta “liberdade” continua nas próximas corridas.

A categoria tenta voltar aos poucos após adiar o início da temporada. No que vimos na primeira corrida, com apenas 11 pilotos cruzando a linha de chegada, ainda será necessário muito empenho para a temporada render. Enquanto isso, Hamilton mantém sua postura de grande defensor das minorias e marcando cada vez mais seu nome na Fórmula 1 e no automobilismo mundial.

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