Romain Grosjean remove curativos da mão esquerda após 39 dias do acidente no Barein

(Foto: Reprodução)


Trinta e nove dias após sofrer um grave acidente no GP do Barein de Fórmula 1, Romain Grosjean removeu os curativos da sua mão esquerda, que sofreu lesões causadas pelo incêndio em que o piloto ficou cerca de 29 segundos preso. O francês celebrou a retirada das bandagens em suas redes sociais, na manhã desta quinta-feira, em uma foto que mostra a outra mão praticamente sem ferimentos.

- Após 39 dias com curativos minha mão esquerda está livre por cinco horas. É um souvenir para nos lembrar que essa é uma vitória para nós - publicou o piloto.

Com menos lesões a mão direita precisou ficar menos tempo com os curativos: cerca de onze dias. Nas primeiras imagens divulgadas, ainda dava para ver um ferimento mais aparente, mas Grosjean afirmou conseguir movimentar a mão normalmente na época.

"50% de volta. Que bom, fico super feliz por ter minha mão direita livre de curativos. Muito creme o dia todo, mas é bom vê-lo em tão boa forma. Esperando minha mão esquerda se recuperar agora."

Sem ter seu contrato renovado com a Haas para 2021, Grosjean tinha a intenção de fazer um esforço extra para estar na pista em Abu Dhabi e fazer a sua corrida de despedida da Fórmula 1. A Mercedes, no entanto, já sinalizou que o francês pode ganhar uma chance de realizar um teste privado na atual campeã da categoria como forma de "adeus" às pistas da F1.

Romain Grosjean ficou por exatos 28s7 dentro do carro da Haas, cercado pelo fogo, após o acidente que sofreu no GP do Barein no último domingo. O francês deu detalhes do que viveu nos segundos que sucederam o choque e revelou que, além de se recordar de Niki Lauda, aceitou momentaneamente que morreria no incidente; tendo decidido, porém, que lutaria pelos filhos.

- Tentei sair de novo, mas eu estava preso. Então eu voltei pro banco e chegou o momento mais difícil: quando meu corpo relaxa. Fiquei em paz comigo mesmo e senti que ia morrer. Comecei a me perguntar: "Vai queimar o meu sapato, o pé ou a mão? Vai ser doloroso? Como vai começar?" Mas pensei nos meus filhos e eu disse "não, eles não podem perder o pai hoje". Decidi virar meu capacete para o lado esquerdo e depois tentar torcer meu ombro. Percebi que meu pé estava preso no carro, então eu puxei o máximo que pude e meu pé saiu da sapatilha. Fiz de novo e meus ombros doeram; e eu sabia que ia pular.

Globo Esporte

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