(Foto: Reprodução) |
A defesa de Roberto de Andrade desistiu de usar Andrés Sanchez e mais quatro pessoas como testemunhas contra o pedido de impeachment do presidente do Corinthians que está em análise na comissāo de ética do Conselho Deliberativo.
A desistência ocorreu depois de a primeira testemunha, Sérgio Dias, ligado ao fundo que administra a Arena Corinthians, enfrentar una avalanche de perguntas de conselheiros na última terça, no primeiro dia de depoimentos das testemunhas indicadas por Andrade.
Para conselheiros que acompanharam o depoimento e sāo favoráveis ao impeachment, a retirada das testemunhas está ligada às dificuldades que Dias teve para responder aos questionamentos.
Assim, o afastamento de Andrés da defesa nāo teria a ver com as divergências entre o ex-presidente e o atual cartola. Um dia antes da audiência inaugural, Andrade recusou projeto apresentado por Andrés para mudanças na diretoria.
De acordo com a análise dos apoiadores do impeachment, o recuo aconteceu para evitar novas situações embaraçosas para as testemunhas de defesa.
Luiz Aberto Bussab, diretor jurídico do Corinthians e responsável pela defesa de Andrade na comissão de ética, nāo respondeu à mensagem do blog sobre Andrés e outras testemunhas serem dispensadas.
Sem testemunhas, o próximo a ser ouvido será o presidente corintiano, na terça da semana que vem.
Ele é acusado de falsidade ideológica por assinar uma ata de assembleia do fundo que administra a arena e um contrato de exploração do estacionamento do estádio com datas nas quais ainda nāo era presidente.
Os conselheiros que pedem o impeachment alegam que o episódio provocou prejuízo à imagem do clube, o que daria motivo para o afastamento do presidente de acordo com o estatuto.
Andrade sustenta que assinou os documentos quando já era presidente, mas com data retroativa.
Essa tese foi sustentada por Dias, a testemunha ouvida nesta terça. Assim como Andrade, ele argumenta que nāo houve reuniāo presencial, apesar de haver lista de presença referente à ata assinada por ele. Nesse ponto, a testemunha foi indagada sobre a legalidade da operaçāo, que nāo condiz com a realidade, e afirmou ser um procedimento comum.
O depoimento provocou clima de guerra política no clube. Cerca de 20 conselheiros favoráveis ao impeachment tentaram acompanhar a sessāo, mas a maioria nāo entrou na sala por falta de espaço.
O ambiente criado foi uma demonstração do que o presidente corintiano enfrentará durante o processo.
Depois de encerrar seus trabalhos, a comissāo de ética irá indicar para o Conselho Deliberativo se o presidente deve ou nāo ser afastado. Mas os conselheiros podem decidir de maneira diferente.
Se o afastamento for aprovado, a decisāo ainda precisará ser referendada pelos sócios.
UOL Esporte
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