Comitê da CBF aponta possíveis mudanças para o futebol brasileiro em 2017

(Foto: Felipe Varanda/Divulgação)


Ao contrário do que foi especulado recentemente, os Campeonatos Estaduais devem ter uma redução de datas em 2017. Isso se deve ao documento apresentado pelo Comitê de Reformas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), comitê formado em fevereiro, que apresentou nesta quinta-feira (9) um resumo de suas atividades nestes quatro meses.

Além da mudança nos estaduais, o Comitê determinou um aumento nos dias de férias e 18 datas para a disputa dos estaduais (em 2016 foram 19 datas, mas alguns campeonatos tiveram menos). A ideia é que os campeonatos terminem em 30 de abril, e o Brasileirão deve começar no mesmo período da Copa do Brasil. A CBF também deve ganhar um Código de Ética do Futebol Brasileiro e um Departamento de Futebol Feminino.

Principais mudanças

- Férias de 30 dias, a começar do final do Campeonato Brasileiro de 2016
- Pré-temporada de 25 dias
- Redução de 12 para nove rodadas no meio da semana do Brasileirão
- Duas paralisações durante os jogos das Eliminatórias nas séries A e B
- Ao todo, os estaduais terão 18 datas e os regionais terão oito datas

As paralisações durante as Eliminatórias seriam de 14 dias, onde não haveriam rodadas nem no meio e nem no fim de semana. Há uma proposta para que a Copa do Brasil tenha apenas um jogo em cada confronto (sem os jogos de volta), mas essa mudança ainda não foi aprovada.

(Foto: Felipe Varanda/Divulgação)

Primeira Liga

Antes motivo de atrito entre clubes e entidade, a CBF cogita colocar a Primeira Liga entre os torneios oficiais, mas a competição terá que fazer alguns ajustes requisitados pelo Comitê. Assim, cada equipe membro do grupo terá que negociar com suas federações como a adequação será feita. O presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, que esteve em algumas reuniões do Grupo de Trabalho para o calendário, gostou da alteração.

Futebol Feminino

O Departamento de Futebol Feminino da CBF cuidará de todos os torneios e pendências com a modalidade no país. Segundo a ex-árbitra e atual diretora-secretária da Escola Nacional de Arbitragem, Ana Paula Oliveira, devem ser criadas duas divisões para o futebol feminino com 16 equipes cada, além da escolha dos nomes para o setor, que devem ser anunciados após aprovação final da decisão em Assembleia Geral da CBF

Principais mudanças

- Criação do Departamento de Futebol Feminino
- Criação de duas divisões, com 16 times cada
- Criação de plano estratégico de marketing para a modalidade

Paixão Nacional

Destinado aos jovens e alunos do Brasil, o projeto "Paixão Nacional", desenvolvido no grupo ode trabalho CBF Social, visa ensinar os fundamentos básico do futebol, como passe, chute, condução, drible, entre outros. De acordo com a faixa etária, participarão de partidas com número reduzido de jogadores em cada time – dois contra dois, três contra três, e assim por diante. Esses formatos contarão com regras adaptadas, já aprovadas pela Comissão e pela Escola Nacional de Arbitragem.

Comitê de Reformas

O Comitê de Reformas foi instaurado no dia 18 de fevereiro deste ano e logo criou cinco grupos de trabalho: Código de Ética, Reforma do Estatuto, Licenciamento e Registro, Calendário do Futebol e Futebol Feminino. Depois, também surgiu o grupo CBF Social. Mais recentemente, foram aprovados dois novos temas: Categoria de Base e Internacionalização do Futebol, que teve sua primeira reunião hoje. Na reunião de hoje ficou decidida a criação também do Grupo de Trabalho para Direitos dos Atletas. Até o momento, já foram realizadas seis reuniões do Comitê de Reformas e mais 17 dos grupos de trabalho.

O conselho da CBF é constituído pelos presidentes de São Paulo e Botafogo, Carlos Augusto Barros e Silva e Carlos Eduardo Pereira; os ex-jogadores Edmílson, Ricardo Rocha e Carlos Alberto Torres; a jogadora Formiga; o técnico Carlos Alberto Parreira; o diretor jurídico do Corinthians, Luiz Felipe Santoro; os advogados Álvaro Melo e André Ramos Tavares; os presidentes de federação Ednaldo Rodrigues (Bahia), Leomar Quintanilha (Tocantins) e Castellar Modesto Guimarães Neto (Minas Gerais);  a ex-assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira; e pela CBF, o secretário-geral Walter Feldman e o diretor executivo de gestão Rogério Caboclo, além do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Caio Rocha.

(Foto: Felipe Varanda/Divulgação)

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