"À la 2017", Corinthians vence o Palmeiras e amplia freguesia na arena do rival

(Foto: Marcos Ribolli)


O Palmeiras estava invicto, o Corinthians vinha de derrota em casa para time pequeno, mas clássico é clássico e vice-versa. Jogando no estilo Carille de 2017, fechadinho na defesa e aproveitando os erros do adversário, o Timão bateu o Verdão por 1 a 0 na arena do rival, na tarde deste sábado, pela quinta rodada do Campeonato Paulista. Danilo Avelar, aos 7 minutos do primeiro tempo, fez o único gol do jogo, pegando rebote de cabeçada de Gustagol. O Palmeiras de Felipão mostrou pouca criatividade e abusou das bolas alçadas à área, sem sucesso. Desta vez, não houve polêmicas de arbitragem, como na final do Paulistão do ano passado: o único momento mais tenso foi a expulsão de Deyverson, e foi merecida - o atacante cuspiu no volante Richard, a poucos metros do árbitro Luiz Flávio de Oliveira.

Foi o sétimo Dérbi na moderna arena do Palmeiras. E o clube da casa é freguês: agora são quatro vitórias do Corinthians contra apenas duas do Palmeiras (e um empate). Por conta disso, nas redes sociais, o Corinthians provocou o Palmeiras (clique aqui para ver os memes). No geral, o Palmeiras não perdia desde 24 de outubro do ano passado (2 a 0 para o Boca Juniors na Argentina, jogo de ida das semifinais da Libertadores). Desde então, haviam sido oito partidas e cinco empates (além de um título brasileiro conquistado no período). Em casa, o Palmeiras não perdia desde 12 de setembro (Cruzeiro, na Copa do Brasil).

O clássico deste sábado foi disputado exatamente 300 dias depois da polêmica final do Campeonato Paulista do ano passado, quando o Palmeiras reclamou de interferência externa no trabalho da arbitragem, que marcou pênalti de Ralf em Dudu e depois voltou atrás. O jogo deste sábado foi apitado por Luiz Flávio de Oliveira. Palmeirenses ensaiaram uma reclamação com relação à posição de Gustagol na origem do lance do gol de Danilo Avelar, mas a posição era legal. Já a expulsão de Deyverson foi incontestável: o atacante deu uma cusparada no volante Richard, a poucos metros do árbitro Luiz Flávio de Oliveira. Até o técnico Felipão concordou com o cartão vermelho. A avaliação da Federação Paulista foi positiva.

O Corinthians foi feliz em sua proposta de jogo e, por isso, mereceu a vitória no primeiro tempo. A ideia era clara e remete ao Corinthians de Carille em 2017: segurar na defesa, com linhas de marcação muito próximas, e saída nos contra-ataques. Acabou abrindo o placar aos sete, com Danilo Avelar aproveitando rebote em bola alçada na área em cobrança de falta. Já o Palmeiras foi de uma burocracia absolutamente incompatível com a força de seu elenco. Lucas Lima, por exemplo, foi uma figura nula na armação. Carlos Eduardo, décima contratação mais cara de um clube brasileiro (R$ 25 milhões pagos ao Pyramids, do Egito), irritava a torcida ciscando com pedaladas que não resultavam em nada. Só Dudu parecia tentar se movimentar mais, correndo por todos os lados. Muito pouco para conseguir furar a defesa do Corinthians.

O Palmeiras voltou do intervalo com Felipe Pires no lugar de Carlos Eduardo. Pouca coisa mudou. O Palmeiras continuou sendo um time previsível, assim como a segunda mudança de Felipão, aos 14: Deyverson no lugar de Borja. O time alviverde insistia em bolas alçadas na área, enquanto o Corinthians não mostrava pudor nenhum em se defender com os 11 jogadores. Aos 25, Felipão trocou o volante Bruno Henrique pelo meia Gustavo Scarpa. Carille mudou três de seus meio-campistas (saíram Ramiro, Mateus Vital e Jadson), e o ritmo intenso de marcação se manteve. Para piorar para o Palmeiras, Deyverson foi expulso no fim, por cusparada em Richard.

Apresentado na sexta-feira como novo reforço do Corinthians, Vagner Love, 34 anos, ficou no banco de reservas e não entrou. O jogador, que estava no Besiktas, foi revelado no Palmeiras e muito hostilizado pela torcida alviverde.

Globo Esporte

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