CBF visita 28 estádios para cercar VAR em toda a Série A; empresa inglesa assume custo extra

(Foto: Raphael Zarko)


Com visitas técnicas e homologações até os últimos instantes, o Campeonato Brasileiro começa neste sábado com a promessa da maior utilização do VAR em competição no mundo - com garantia de todos 380 jogos com o recurso do árbitro de vídeo.

- Somos o primeiro país das Américas a utilizar árbitro de vídeo em seu campeonato principal. Vamos ter o maior número de jogos no mundo com o VAR. A sigla VAR tem que significar “vamos aumentar rendimento” - disse o ex-árbitro Leonardo Gaciba, novo chefe da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF.

O gerente de projetos da CBF, Guilherme Barbosa, informou que há 20 estádios previamente homologados para a rodada inicial do Brasileiro - o vigésimo foi a Arena de Manaus, onde Vasco x Corinthians vão se enfrentar.

Ao todo, 28 estádios receberam visitas de técnicos da CBF. O Mineirão, por exemplo, passará pelo protocolo obrigatório da IFAB de véspera. Isto porque a vencedora da licitação da CBF - a inglesa Hawk-Eye - terá que implantar seu sistema no local.

- Temos um cronograma de montagem. Os equipamentos já estão indo para as salas, estamos fazendo uma identidade visual da sala do VAR. Eles fazem os testes normais, de regulagem de equipamento. É uma formalidade, precisamos fazer um teste para valer, com jogadores e equipe de arbitragem. Fazemos um relatório e enviamos para a IFAB, que diz "ok, o estádio está aprovado" e já podemos realizar partida nesse estádio o ano inteiro - disse o gerente de projetos da CBF.

Barbosa lembra que estádios que não são habitualmente utilizados pelos clubes também vão receber visitas. Isto porque a possibilidade de perdas de mando de campo e bloqueios de estádios para a Copa América devem forçar mudanças de locais de jogos.

- Hoje, por exemplo, temos no planejamento 20 estádios do Brasileiro, mas temos uma lista de 45 (estádios). Hoje estamos montando 19, e o vigésimo vai para Manaus. Esse de Manaus provavelmente vai para Brasília no final de maio, na sexta rodada, com Botafogo x Palmeiras. Pode ter algum pontual, no Espírito Santo, em Volta Redonda. Estádios aonde podem ocorrer rodadas e estaremos prontos para operar - garantiu.

Sobre a Hawk-Eye, que adiou os planos de abrir empresa no país - e passou na licitação com número de operadores limitados para operar no Brasil -, o representante da CBF diz que os custos a mais serão arcados pela empresa inglesa.

- Eles treinaram vários operadores, inclusive de outras empresas, freelancers. Precisavam de mão de obra qualificada para poder operar, e fizeram algumas turmas em Águas de Lindoia no decorrer de março e abril. Hoje temos 35 operadores, o que já preenche confortavelmente em termos de um país continental e número de rodadas que vamos ter em intervalos curtos, conseguimos preencher os requisitos necessários para operar - explicou Barbosa.

O GloboEsporte.com tentou novo contato com a Hawk-Eye para saber sobre o processo de abertura de empresa no país, que era a intenção dos ingleses, de acordo com o representante na América Latina, José Kruyff, mas não houve retorno. O gerente de projetos da CBF informou que o custo a mais - que não soube precisar - será assumido pela Hawk-Eye.

- Abrir empresa não ocorreu. Eles sstão em Londres. Não sei se vão abrir no Brasil, no Paraguai, mas será em algum lugar da América do Sul. Os operadores falam português e passaram o know how, treinaram as pessoas até estarem aptas e prontas para operar sozinha. O custo, inclusive, de taxa, tributação, foi repassado para a empresa. Foi opção dela, não abrir aqui CNPJ no Brasil, foi tudo para eles o custo a mais. Tratamos a contratação como importação - afirmou Guilherme Barbosa

Globo Esporte

Comentários