Federação culpa insegurança por demora do VAR e quer mais agilidade em finais do Paulistão

(Foto: Alexandre Battibugli/FPF)


A Federação Paulista de Futebol reconhece que as decisões tomadas com o auxílio do árbitro assistente de vídeo (VAR) no mata-mata do Paulistão estão demorando mais do que deveriam e tentará agilizá-las na final do torneio entre Corinthians e São Paulo.

Segundo Ednilson Corona, presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol, os principais motivos para a demora são a falta de prática e o temor de cometer algum equívoco.

– Entendemos que o tempo está alto, queremos melhorar, estamos trabalhando esse tema com os árbitros. Vamos tentar levar o operador de replay para conversar sobre esse tema [...] Os três casos nas semifinais foram extremamente difíceis. Tudo é novo para a gente – comentou Corona, que ainda revelou um problema técnico.

– No lance do gol do Manoel, do Corinthians, quando foi buscar o zoom, tivemos dificuldades na cor do uniforme. Ficaram todos brancos. Neste momento, foi traçada a linha de impedimento, de trás para frente. Se não for conclusiva, temos uma opção de linha vertical. Ainda tem uma certa insegurança. Dá para adiantar, a questão da insegurança acho que está retardando um pouquinho essa decisão. Creio que faz parte do processo, é o querer acertar. O tempo é importante, mas a precisão é mais – completou.

Apesar de admitir que é possível melhorar, a Federação Paulista faz um balanço positivo do uso da tecnologia no auxílio da arbitragem no campeonato estadual. O VAR foi implementado a partir da fase final do torneio, ao custo de R$ 28 mil por partida.

– Na nossa avaliação o VAR está cumprindo o papel, corrigindo erros e evitando injustiças. Nosso desafio é diminuir o tempo e manter a precisão. É uma novidade, foi uma novidade na Copa do Mundo, depois teve na Copa do Brasil e agora nos estaduais. É um projeto imenso para a Federação, que começou há um ano, com investimento e muitas pessoas envolvidas. Dá uma satisfação estar vivendo esse momento. Sem ajuda da tecnologia, seria praticamente impossível o árbitro definir alguns lances nestes mata-matas – declarou Mauro Silva, vice-presidente da Federação.

As semifinais do Paulistão contaram com lances importantes decididos pelo VAR. No primeiro jogo entre Santos e Corinthians, o gol do zagueiro Manoel teve uma dúvida em relação a um impedimento, mas após análise foi visto que o corintiano estava na mesma linha dos marcadores adversários. Já em Palmeiras e São Paulo o VAR foi decisivo. No primeiro Choque-Rei, o são-paulino Reinaldo derrubou Dudu dentro da área e o árbitro marcou o pênalti. Após a revisão no vídeo, ele voltou atrás. Na partida de volta, no último domingo, Deyverson teve um gol anulado após ser constata a posição de impedimento do atacante palmeirense.

Segundo Ednilson Corona, os operadores do VAR são orientados duas horas antes dos jogos, mas haverá um protocolo diferente para as finais do Paulistão:

– Vamos tentar levá-los para um hotel, pelo menos por uma hora, ouvi-los e ter uma agilidade na conclusão dos lances.

Globo Esporte

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