EA Sports perde ação coletiva que tem 11 jogadores do voo da Chapecoense

(Foto: Reprodução)


Desenvolvedora do FIFA 20, a EA Sports foi condenada a pagar cerca de R$ 6,5 milhões por direitos de imagens de jogadores que atuavam no Brasil - mais especificamente no futebol de Santa Catarina - relativos às edições de 2005 até 2014 do simulador de futebol e da série FIFA Manager. De acordo com o site UOL, a ação coletiva foi movida pelo Sindicato dos Atletas de Santa Catarina e contou com 450 nomes. Entre eles estavam 11 atletas envolvidos no desastre aéreo que vitimou jogadores da Chapecoense em 2016. Ainda cabe recurso.

A produtora foi condenada a pagar o valor de R$ 5 mil a cada jogador, no total de R$ 3,7 milhões. O montante chega aos R$ 6,5 milhões quando aplicados juros e correções. Arthur Maia, Bruno Rangel, Danilo, Cleber Santana, Willian Thiego, Dener, Caramelo, Gil e Ananias estão entre os jogadores mortos no acidente na Colômbia. A reportagem aponta que, de acordo com o advogado Leonardo Laporta, que defendeu o Sindicato dos Atletas de SC, as indenizações serão encaminhadas para os parentes das vítimas. Neto e Alan Ruschel, sobreviventes, também fazem parte da ação.

Segundo a defesa da EA, a empresa negociou com o FIFpro, sindicato internacional de atletas, e a entidade seria responsável por distribuir os valores para as federações de cada país, inclusive o Brasil, representado pela Fenapaf na ocasião. Como diz a reportagem, a Justiça de Santa Catarina não reconhece o acordo e entende que a negociação dos direitos de imagem deveria ter sido feita diretamente com os jogadores, com base na Lei Pelé .

A reportagem aponta que a FIFpro fez transferências para a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol no período citado. Porém, o atual presidente da Fenapaf, Felipe Leite, disse que "os repasses feitos pela FIFpro não tinham como finalidade serem encaminhados aos atletas, mas que teriam entrado na Fenapaf meramente como doação".

Globo Esporte

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