Fifa escolhe sede conjunta entre Austrália e Nova Zelândia para sede da Copa do Mundo Feminina

(Foto: Divulgação/Fifa)

Por Redação Blog do Esporte


Como previsto, a Fifa anunciou que a edição de 2023 da Copa do Mundo de Futebol Feminino acontecerá na Austrália e Nova Zelândia. A decisão aconteceu nessa quarta-feira (24) durante uma videoconferência entre os membros do conselho da entidade, que votaram antes da decisão final.

“Não é apenas uma Copa do Mundo Feminina. É uma Copa do Mundo. Temos que nos dar conta disso. Mulheres são 50% da população mundial, talvez mais. O que acontece no campo ali é futebol, com atletas habilidosos”, disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

O presidente disse que a empolgação dos países pelo esporte era grande, em viagem que fez recentemente a Oceania. A ideia é popularizar o esporte antes da copa de 2023. O mandatário também informou que pode haver mudança na escolha das sedes das Copas femininas. Em vez da votação ficar restrita ao conselho da Fifa, ela seria realizada no congresso, com 211 eleitores participando.

“Não deveria haver diferença entre as votações para sede da Copa do Mundo dos homens e das mulheres. É algo que deveríamos considerar para o futuro. Eu estou feliz que o processo até a votação tenha sido feito de maneira profissional e transparente, de um jeito como nunca foi feito antes”, completou.

A ideia é que a Copa do Mundo Feminina aconteça a cada dois anos, além de dobrar a premiação para 2023. Em 2019, a premiação foi de US$ 50 milhões. Infantino também disse que espera que a copa chegue a América do Sul, citando a candidatura do Brasil, que, na sua opinião, poderia receber o torneio por já receber uma Copa do Mundo, em 2014.

“Eu tentei criar um mundial de clubes para mulheres, um liga mundial também. Mas há uma outra proposta, que não é minha, de fazer a Copa do Mundo a cada dois anos. E talvez essa seja uma proposta melhor. Talvez seja algo que possamos colocar na mesa e discutir. Queremos levar essa Copa para a África, para a América do Sul. Mas não podemos esperar cada quatro anos para fazer isso”, opinou Infantino.

Votação

Na votação final, o placar foi de 22 a 13 a favor da candidatura dos países da Oceania, com 35 participantes do conselho para a realização da votação. Uefa e Conmebol votaram em bloco na candidatura da Colômbia, enquanto Concacaf, CAF, AFC e OFC preferiram Austrália e Nova Zelândia, assim como Infantino.


“Estamos extremamente felizes com a decisão. É um grande orgulho para nós. Estamos comprometidos a fazer um evento histórico em 2023. Queremos dizer que nos deram uma grande oportunidade e vamos fazer muito pelo futebol feminino”, disse Johanna Wood, presidente da federação da Nova Zelândia.

No processo de avaliação, Austrália e Nova Zelândia foram bem avaliadas, com pontuação de 4,1, seguido do Japão, com 3,9, e Colômbia, com 2,8.

O Brasil pleiteava receber o torneio, mas a CBF retirou a candidatura por não conseguir garantias por parte do governo federal. O Japão também retirou a candidatura de última hora, três dias antes da votação. A retirada ocorreu depois da avaliação das propostas por parte da Fifa.

Esta será a primeira copa feminina com 32 equipes. A competição é realizada pela Fifa desde 1991 e já teve oito edições realizadas. O maior vencedor é os Estados Unidos, com quatro títulos, seguido por Alemanha, com duas conquistas, e Noruega e Japão, com um troféu cada.

Sedes da Copa do Mundo Feminina da Fifa:

1991 - China
1995 - Suécia
1999 - Estados Unidos
2003 - Estados Unidos
2007 - China
2011 - Alemanha
2015 - Canadá
2019 - França

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