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O Comitê Olímpíco Internacional (COI) tem sido alvo de muitas críticas nos últimos dias. No entanto, a desaprovação não está relacionada ao adiamento ou vulnerabilidade das Olimpíadas por conta da pandemia do coronavírus. O problema está no posicionamento da entidade diante da morte de George Floyd, homem negro asfixiado brutalmente por policiais nos Estados Unidos, e dos manifestos no esporte contra a desigualdade racial.
Durante a semana, o presidente do COI Thomas Bach chegou a dizer que puniria aqueles que protestassem em Tóquio, mas depois voltou atrás. Mesmo assim, o movimento internacional de atletas conhecido por "Global Athlete" não se deu por satisfeito e exigiu o fim da regra 50 da Carta Olímpica, que proíbe qualquer protesto político, religioso ou racial nos Jogos.
- Por muito tempo os atletas tiveram que escolher entre competir em silêncio ou defender o que é certo. É tempo de mudança. Todo atleta deve ter poderes para usar suas plataformas, gestos e vozes. O silêncio da voz do atleta levou à opressão, o silêncio levou ao abuso e o silêncio levou à discriminação no esporte - diz a carta do Global Athlete .
Para o movimento, apenas não punir protestos é pouco:
"Pedimos ao COI e ao IPC (Comitê Paralímpico Internacional) que ponham fim a essa hipocrisia, apoiem seus atletas e anulem a regra 50. Os atletas não serão mais silenciados"
O documento enviado ao COI e ao IPC diz ainda que a regra 50 da Carta Olímpica viola os "direitos humanos do atletas".
- O COI, como observador das Nações Unidas, deve ter um padrão mais alto. O COI e o IPC devem respeitar o artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que declara: 'Todo mundo tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de manter opiniões sem interferência'. As regras esportivas não devem ter a capacidade de limitar esse direito - defendem os atletas.
Globo Esporte
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