Após gastar mais de € 100 milhões com Ziyech e Werner, Chelsea planeja novos investimentos

(Foto: Reprodução)


O sinal foi dado: o Chelsea está de volta ao mercado. Depois de cumprir punição da Fifa nos dois últimos períodos de transferências, o clube do magnata russo Roman Abramovich pretende ir além das aquisições de Ziyech e Werner, na próxima janela de verão. Mesmo no cenário de dificuldades econômicas por causa da pandemia do coronavírus. O objetivo é dar continuidade ao plano de recolocar o time em condições de brigar pelos principais títulos, na Inglaterra e na Europa.

Em fevereiro de 2019, a Fifa proibiu o Chelsea de registrar novos atletas, por não ter respeitado as regras sobre as negociações com menores de idade. No meio do ano passado, Hazard foi embora para o Real Madrid, sem a chegada de um contrapeso. A compra de Kovacic* só ocorreu porque foi feita antes do início do período de punição.

Investimentos até agora para 2020/2021: €100 milhões
Investimentos na temporada 2019/2020: €45 milhões*
Investimentos na temporada 2018/2019: €208,8 milhões
Investimentos na temporada 2017/2018: €260,5 milhões

Depois de ter o apelo de redução de pena negado na Fifa, o clube inglês recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que aceitou o pedido e diminuiu o tempo de bloqueio. Mas não houve nenhuma aquisição durante a última janela de inverno.

Mas foi só ela passar para o Chelsea ir atrás do meia Ziyech. Foram pagos 40 milhões de euros ao Ajax pelo marroquino de 26 anos, um dos destaques do semifinalista da Liga dos Campeões em 2018/2019. Ele somou 21 gols e 24 assistências na temporada passada, em 49 jogos. Já na atual foram mais oito gols e 21 últimos passes, em 35 partidas.

O Chelsea também não deixou a temporada acabar e, antes da retomada da Premier League, foi atrás de Timo Werner, do RB Leipzig. O atacante alemão foi contratado por cerca de 60 milhões de euros. Nesta temporada ele teve 34 gols e 13 assistências, em 45 jogos. Na anterior, 19 gols e 10 assistências, em 37 partidas. Ele abriu mão de disputar as quartas de final da Liga dos Campeões.

O técnico Frank Lampard comentou na semana passada que ainda não sabe como vai incorporar Ziyech e Werner nos trabalhos do grupo no momento. Essa incerteza não foi vista para a contratação dos dois. Segundo o "Telegraph", o treinador esteve determinado: visitou Werner antes da quarentena na Alemanha, e explicou que o projeto é brigar com o Manchester City e o Liverpool pelos títulos.

- As discussões com a chefia do Chelsea foram tão boas que eu no fim escolhi fechar com eles. Particularmente, o Lampard me apoiou e me mostrou que eu ficaria confortável. Enfatizou o quanto me valorizava também como pessoa - disse Timo Werner, ao site do Chelsea.

"Ele teve um papel importante. Tivemos muito contato nas últimas semanas e ele me deu uma boa sensação. Isso foi importante para a minha decisão" contou Ziyech, ao canal oficial do clube.

Ainda de acordo o "Telegraph", a proatividade de Frank Lampard para ajudar em negociações contrasta com a de seus antecessores, Antonio Conte e Maurizio Sarri. Conte esteve pouco comunicável durante a janela de transferências de verão de 2017, logo após o título do Chelsea na Premier League. Já Sarri não conversava por aplicativo com os dirigentes.

Uma das pessoas mais afetadas por isso era Marina Granovskaia, diretora executiva do Chelsea desde 2013. Russa de nacionalidade canadense, Granovskaia tem enorme prestígio junto a Abramovich. Apesar da discrição no atendimento à imprensa, ela frequentemente é mencionada pelo clube em comunicados oficiais sobre reforços e aparece nas fotos. Afinal, é ela quem manda nas negociações.

Granovskaia ainda tem nos planos mais contratações para a próxima temporada. No topo da lista está o meia-atacante Kai Havertz, do Bayer Leverkusen. Segundo o "Telegraph", o Chelsea prepara para os próximos dias uma oferta ao clube alemão, que perdeu a final da copa nacional neste sábado para o Bayern de Munique. Outro jogador no radar é Ben Chilwell, lateral-esquerdo do Leicester.

Os dois se encaixam no perfil do atual elenco do Chelsea. A média de idade é de 25,5 anos. Havertz tem 21 e Chilwell 23. Dos 30 jogadores, 21 disputaram cinco edições do Campeonato Inglês ou menos. Sete estão na primeira temporada. Caso do atacante Pulisic, jogador sub-21 com mais gols neste Campeonato Inglês (sete).

Esperança de permanência de Willian

Do outro lado, um dos veteranos do grupo é o atacante Willian. Destaque do Chelsea nos últimos jogos, ele renovou contrato até o fim da temporada. A saída, antes considerada quase certa, agora pode sofrer uma reviravolta. O brasileiro deseja mais três anos de vínculo, enquanto que o clube ofereceu dois, inicialmente.

- Eu ainda não perdi as esperanças. O clube ainda está em discussões com ele. Nós queremos que ele fique, mas entendemos o fato que o contrato do Willian é uma grande questão por causa da idade dele. A maneira como ele está jogando nesse momento mostra o valor dele para esse time. Espero que a gente consiga chegar a algum denominador - declarou Frank Lampard, no último sábado.

Com ou sem Willian, o Chelsea precisa garantir a vaga na próxima Liga dos Campeões, para o projeto da temporada que vem seguir como o planejado. A disputa promete ser ferrenha com o Leicester, terceiro colocado na Premier League, com 58 pontos, e o Manchester United, que está em quinto, com 55. O Chelsea tem 57. Faltam cinco rodadas.

Globo Esporte

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