Derrota judicial de Nuzman abre caminho para chapa de oposição no COB

O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, sofreu uma derrota judicial em disputa relacionada à eleição na entidade. A tendência é que essa decisão abra caminho para uma chapa de oposição no pleito que deve ocorrer em setembro. O dirigente quer a reeleição, mas há confederações insatisfeitas.

O Estatuto do COB estabelecia que as chapas para presidente teriam de ser inscritas até o dia 30 de abril. Mas a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa entrou com uma liminar na Justiça alegando que isso causaria medo entre as filiadas ao comitê de represálias às vésperas da Olimpíada. Pedia que as chapas pudessem ser inscritas até 30 dias antes do pleito.

A Justiça do Rio de Janeiro deu liminar favorável à confederação de tênis em primeira instância, em 26 de abril. Afirmou que isso atendia anseio de democrático de possibilitar mais de uma chapa na eleição.

O COB recorreu à segunda instância para tentar derrubar essa decisão. Na quarta-feira, o desembargador da 22a Vara Cível, Marcelo Lima Buhatem, negou o pedido do COB. Ele alegou que não há urgência de derrubar a medida porque a eleição é só em setembro.

“Fato é que nos parece evidente a ausência de requisito processual tido como essencial, qual seja, a urgência, refletida no periculum in mora, sendo certo que as eleições das quais pretende a entidade recorrida participar ocorrerão somente no mês de setembro, portanto, daqui a cerca de quatro vindouros e relativamente longínquos meses'', afirmou o desembargador.

O COB ainda pode recorrer ao pleno da 22a Vara Cível. Se for mantida a decisão, a tendência é que o presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, Alaor Azevedo, lance uma chapa de oposição a Nuzman.

UOL Esporte

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