Ponto de Opinião: Corinthians gasta com “renegados” e sofre para encontrar “melhor futebol”

(Foto: Daniel Augusto/Divulgação)


Mesmo com campanhas regulares no Campeonato Paulista e na primeira fase da Taça Libertadores, o Corinthians sentiu o clima de reformulação ir por água abaixo. Sendo uma das apostas de título nas duas competições, o alvinegro mostrou na noite da última quarta-feira (4) que está longe de disputar alguma taça em 2016.

Com a debandada de atletas como Renato Augusto e Jadson para o futebol chinês, a reposição de peças não foi à altura, mas com as contas no vermelho, o jeito era (e é) gastar menos. A chegada de Giovanni Augusto, Alan Mineiro e a volta de Marlone foram um possível gás para o técnico Tite, mas que não foram protagonistas em uma possível classificação no estadual contra o Audax.

O jogo contra o Nacional do Uruguai evidenciou o que muitos já sabiam e só a diretoria não prestou atenção: a aposta de “renegados” por outros clubes brasileiros que não deram certo. O atacante André, mesmo com suas passagens abaixo da média por Santos e Atlético Mineiro, foi uma aposta do presidente corinthiano para suprir a saída (que ainda é sentida) de Guerrero. E o jogador mostrou na quarta-feira o porquê de ter saído dos clubes anteriores.

André não tem a mesma decisão de centroavantes ou até mesmo atacantes como Calleri, Allan Kardec e o próprio Guerrero. André espera por uma bola, e quando chega a pontaria é das piores. Romero, que não foi tão bem aproveitado em sua chegada no clube, estava se destacando por seu empenho no Paulista, mas “perdeu” lugar para o André. Entenda a incoerência.

Ninguém que estava em campo parecia se importar com a classificação. O goleiro Cássio, que está abaixo da média e não é de hoje, pareceu perdido em campo. Suas defesas não foram seguras e a linha de zaga não acompanha o raciocínio dos adversários. O segundo gol do Nacional evidencia isso e mostra o quanto o Corinthians precisa de uma mudança urgente.

O que me parece é que o presidente Roberto de Andrade, mesmo com o dinheiro apertado, não soube gastar com novas contratações. Se a ideia é diminuir a folha salarial, que promova os meninos da base como aconteceu com Maycon e Guilherme Arana. Uma base tão forte como a do alvinegro não pode ser “esquecida” pelo treinador e pelo presidente. 

O Corinthians precisa de um “milagre”, pois o Campeonato Brasileiro está chegando e o pensamento precisa ser diferente. Os jogadores precisam dar a alma em campo e não apenas estar presente para no final do mês receber o tão pomposo salário. O clube precisa de soluções e não de improvisos, e o Tite precisa saber a hora que o time não joga, o que não ficou evidente na eliminação precoce na competição continental.

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