Leão reestreia no São Paulo em busca de nova "Conmebol"

Após vencer o primeiro jogo, o São Paulo precisa de um empate para avançar na Sul-Americana. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Após vencer o primeiro jogo, o São Paulo precisa de um empate para avançar na Sul-Americana

Em 1997, o então pouco cotado Emerson Leão era uma aposta contestável no Atlético-MG, mas iniciou sua caminhada para ser um técnico de alto escalão ao vencer a Conmebol naquele ano, repetindo o título em 1998 com o Santos. Um passaporte para a glória que ele pode começar a repetir na reestreia pelo São Paulo às 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira, contra o Libertad, no estádio Nicolás Leoz, no Paraguai.

A partida garante a classificação para as quartas de final da Copa Sul-americana, competição secundária do continente como era a Conmebol nos anos 1990. O São Paulo passa mesmo em caso de derrota por até um gol de diferença, caso marque na casa do adversário, já que venceu o primeiro confronto por 1 a 0 no Morumbi, com gol de Luis Fabiano, sob o comando interino de Milton Cruz.

Para Leão, vale mais. Sem um trabalho elogiável desde quando salvou o Corinthians do rebaixamento no Brasileiro de 2006, o treinador tem a oportunidade de conquistar uma nova taça minimizada por muitos, mas que em 1997 e 1998 abriu o caminho para ele comandar grandes clubes e chegar até à Seleção Brasileira. Exatamente o que o ex-goleiro deseja agora após um ano desempregado e passagens pelos rebaixados Sport e Goiás nas duas últimas temporadas. Para o São Paulo, ainda é a manutenção do sonho por uma vaga na Libertadores em duas frentes - como campeão da Sul-americana ou terminando entre as quatro primeiras posições do Campeonato Brasileiro. Também por isso, o técnico, que chegou até a literalmente ter o rosto quebrado na final da Conmebol em 1997, contra o Lanús, na Argentina, reforça o aspecto decisivo da partida, que saiu do Defensores Del Chaco para ser disputada no Nicolas Leoz, um alçapão com capacidade para 10 mil torcedores.

"Se eu fosse jogador do nosso adversário, eu estaria contando os minutos para jogar. É a vida ou o resultado", declarou Leão. "O São Paulo tem meio resultado, mas precisa confirmar o que fez no Morumbi", continuou, ainda indisposto a escolher entre Brasileiro ou Sul-americana para colocar a equipe na Libertadores de novo.

Essa dúvida não faz parte do Libertad. Na briga pelo título paraguaio, o técnico Jorge Burruchaga ainda não quer abrir mão da Copa Sul-americana, embora valorize mais a conquista nacional. De qualquer forma, não aceitará um vexame em seu estádio, em Assunção.

Diferentemente da postura adotada no Morumbi, quando teve sempre nove jogadores no campo defensivo e dois atacantes prontos para o contra-ataque, o time paraguaio deve avançar mais. Mas sem deixar espaços para sofrer um gol que complicaria ainda mais a missão de avançar na Sul-americana.

"Será uma partida distinta. Devemos ser inteligentes para não levarmos gol e sabermos que há 90 minutos para fazermos o melhor e nos classificarmos. A disputa está aberta, mas estramos conscientes de que os 180 minutos são de jogos distintos. Logicamente, o São Paulo vai administrar sua mínima vantagem", previu o técnico argentino.

FICHA TÉCNICA
LIBERTAD X SÃO PAULO

Local: estádio Nicolás Leoz, em Assunção (Paraguai)
Data: 26 de outubro de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Assistentes: Eduardo Díaz e Wilson Berrio (ambos da Colômbia)

LIBERTAD: Medina; Bonet, Benegas, Canuto e Samudio; Víctor Ayala, Sergio Aquino, Víctor Cáceres e Civelli, Robin Ramírez e Menéndez
Técnico: Jorge Burruchaga

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Piris, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Denilson, Wellington, Lucas e Cícero; Dagoberto e Luis Fabiano
Técnico: Emerson Leão

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