Ministro espera reunião entre Dilma e Blatter na 2ª para encerrar crise

Os impasses entre a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e o governo brasileiro para a realização da Copa do Mundo no País, em 2014, deverão começar ser discutidos na próxima semana. Em entrevista ao SporTV, Orlando Silva, ministro dos Esportes, disse que a presidente Dilma Rousseff deve se reunir com Joseph Blatter na próxima segunda-feira para discutir detalhes sobre o torneio e acerca da Lei Geral da Copa.

Tanto o presidente da entidade máxima do futebol quanto o governo brasileiro acham importante um debate sobre as questões do País para receber a competição. "A reunião entre a presidente Dilma e Joseph Blatter deve acontecer na próxima segunda-feira, em Bruxelas (capital da Bélgica e sede da União Europeia). Devo estar presente também", disse Silva.

O ministro também disse que o projeto da Lei Geral da Copa está com um bom andamento e pode chegar em breve no Senado Federal para que seja votado ainda neste ano.

"Trabalho com o objetivo de votar a Lei Geral ainda em 2011. Já fui convidado para explicar o projeto no Senado e vou correndo lá para falar. Trabalho com o Senado para votar ainda neste ano", destacou.

A Lei Geral da Copa, cujo projeto foi publicado recentemente pelo Congresso Federal e que ainda precisa ser aprovado para entrar em vigor, possui termos que desagradaram a Fifa. A própria negociação entre a entidade máxima do futebol com o governo nacional com Dilma vem se tornando mais complicada em relação ao antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, mais flexível.

A crise deixa dúvidas até mesmo sobre o anúncio da abertura e do cronograma da Copa 2014, antes previsto para o dia 20 de outubro. No dia 17 está confirmada uma reunião interna entre o Comitê Organizador Local (COL) e a Fifa para acertar os últimos detalhes sobre o tema. Porém, a entidade demora para colocar na agenda oficial do congresso marcado para três dias depois a divulgação do cronograma.

Fontes ligadas à Fifa, inclusive, soltam nos bastidores a informação de que seria possível até acionar a cláusula de rescisão e não organizar a Copa de 2014. A manobra é vista no Brasil como uma forma de pressão contra o Governo.

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